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domingo, junho 25, 2006

sentir o povo que vive

O fotógrafo e a escritora reencontram-se na calçada que percorrem tranquilamente. Ele escreve sentires com cada clique de sua câmera fotográfica. Ela, cria as mais belas imagens com um singelo movimento dos cílios


A Esperança de um Povo

Com os seus botões, o Fotógrafo conversa sobre o caminhar da Humanidade, com cada vez maiores distâncias entre os mais ricos e poderosos e os mais pobres e oprimidos. O espantoso desenvolvimento tecnológico dos últimos cinquenta anos não está, nem de perto nem de longe, a ser acompanhado pelo desenvolvimento social que lhe deveria corresponder. O desejo doentio do poder dos grandes potentados financeiros internacionais impedem o desenvolvimento harmonioso dos Povos e das Civilizações.

A manhã alvoreceu fresca com as nuvens a acumularem-se ameaçando chuva, quiçá repentino temporal como tantas vezes acontece na região. Um novo ciclo temporal recomeça agora, depois das muitas caminhadas do Fotógrafo e da Escritora pelas calçadas do Recife. O renovar das energias do lado de lá do oceano. O recolhimento que o Inverno proporciona do lado de cá. Um ano de caminhadas já passou. O tempo que passa é assim... na realidade são três anos de partilha de afectos.

_Lá nas terras do tão longe, no Timor-Leste de tanta esperança o Povo volta a ter que lutar pela sua felicidade...
_É verdade! A ganância do capital internacional e a traição são agora os sentimentos que subjugam esse Povo tão sofrido...
_E já viu a facilidade com que se muda de trincheira a troco das “migalhas” do Poder?
_E não aconteceu o mesmo no Portugal de Abril?


Muitas vezes o Fotógrafo e a Escritora têm comentado entre si o ponto a que a sociedade portuguesa chegou, caixote do lixo e capacho da Europa a troco de benesses para uns poucos... Como os senhores poderosos, financeiramente poderosos, podem continuar a defender o aumento do sacrifício de um Povo para pagar a factura que eles próprios criaram para seu benefício particular.

Milhões de euros de rendimento anual em contraste com uns míseros cinco milhares auferidos pela maioria das pessoas. Como pode acontecer isto a um Povo que já foi centro de Civilização? A verdade é que acontece e, a cada dia que passa, o Fotógrafo sente que no Portugal para lá do Oceano a ofensiva às conquistas de Abril é cada vez maior, quantas das vezes mascarada de “isto é o melhor para as pessoas”.

_E por cá nestas terras dos “brasis”?
_ Meu querido, o “cavaleiro da Esperança” já declarou a sua recandidatura para gáudio da maioria do Povo, especialmente do Povo que sofre...
_Sei sim que as sondagens actuais lhe dão a vitória na primeira volta do acto eleitoral.
_Continuamos a lutar pelo que sempre lutamos nestas caminhadas calçada acima...
_Volto a afirmar, minha querida Escritora, a minha convicção de que o Brasil será um dia o “farol do Mundo”.

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