Partilhar
terça-feira, agosto 29, 2006

espaço de poetar

Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras , dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas o encantamento


O Caminho da Vida

I
Caminhei a vida
Sonho feito realidade, mas sempre sonho
Percorri alegre jardim de esperança
Na Primavera
Senti flores crescerem à minha volta
Eu próprio alegria
Com a cor indiscritível de teus olhos
Tu e eu

II
Felicidade sentida
Viver no querer sempre maior
De ser e possuir; Do viver
Do dar
E também do receber, do receber-te
Por mil perigos
Por muitos sobressaltos caminho percorrido
Docemente.

III
Lado a lado, sempre
No pensamento a ausência fere
No corpo a presença anima
Dá vida
E o caminho por vezes tortuoso
Que conduz ao infinito
É pelo sonho apresentado luminoso
Cor de esperança.

IV
Teu doce corpo
Teu ser é meu ser, é sol
É calor
Construção do sentir sobre o nada
Escolhos vencidos
Em caminho lado a lado percorrido
Ternamente.

V
Ameaças, receio
A sociedade não entende o amor
O querer é atraiçoado, vileza
Indiferença
Seres que são vermes, espreitam
Atenta e traiçoeiramente
No escuro da noite escondidos
Sociedade

VI
Lábios tão vermelhos
No querer são beijados meigamente
Néctar sem igual, doce enleio
Corpo dado
Necessidade mais do que humana
Que une dois entes
No caminho de errantes peregrinos
Carmim.

VII
Seios de menina
Carícia desejada alegremente partilhada
No murmurar das ondas
Do teu corpo; do teu ser
No leve arquear de mulher
Em mar chão
Navegar embalado em teus braços
Eternamente.

VIII
Doirado sol
Festa dos sentidos, do sentir, viver
Esvoaçando ilusões da verdade
De recordações
Deslizam meus lábios em carícias
Sem fim
Por repetidas no gosto dos amantes
Sentidas.

IX
Percorrendo a cidade
Pelas arejadas avenidas, o Sol refulge
O arco-íris é cor
Mãos dadas, alegria
Os dedos tocam levemente
Comunicam
Ternos pensamentos
Que futuro?

X
Conhecemos a cidade
Bairros de lata tristes, soturnos
A sombra esconde pobreza
Olhar trocado, tristeza
Pelos que sofrem
Solidariedade
Entendimento espiritual
Que presente!

XI
Mas um dia
Cavalgando sonhos, imaginação
Vejo-te partir, fico só
Solidão
Não me deixes tão sozinho!
Grito desesperado
... Mas a estrela cor de esperança, ou cor de sangue
Leva-te.

XII
Lá longe
Nas terras donde chega raro caminhante
Pouco sei de ti, desesperado
Delirante
Procuro tua imagem a todo o instante
Busca infrutífera
Imagino teu perfil de menina
Sempre minha.

XIII
A tua ausência
Provoca-me longas noites de vigília
Recordando o passado; próximo
E tão distante
Em que construímos o mundo
Castelo de areia
De felicidade, de ternura, de amor
Agora recordação.

XIV
Voltaste um dia
Mulher feita de menina que foste
Consciente e segura. Bela.
Encantamento
Abracei-te longamente
Sorri-te
Depois foi a tristeza do sonho destruído
Desilusão

XV
Quis-te minha
Fugiste às palavras e aos sentidos
Distante me sorriste. Sorriso.
Doçura
Recusa de reviver o passado
Por tal ser
Ilusão construída pelo querer
Nada mais.

XVI
Flui o tempo
Marcado pelo relógio do pensamento fugaz
Não da vida. Lento.
Rápido
Consoante o sentir do momento
É espaço
De vida vivida por viver
Angústia.

XVII
Homem só
Cansado das desilusões da vida
Olhar triste. Ausente
Distante
Cabeça pousada entre as mãos
Momento de solidão
Pensamento em busca do ente querido
Que não volta.

XVIII
Recordo...
Já não sinto o calor do teu corpo
Junto ao meu. Abraço
Ternura
Já não beijo teus lábios de mel
Como antigamente
Esquecido de tudo e de todos
Feliz.

XIX
O teu cabelo
Cauda de cometa, sol dos sois
Fulgurante estrela. Carícia
Afago
Cascata de brilho em minhas mãos
Fugaz entre os dedos
Carícias mil vezes repetida
Sentimento.

XX
Corpo esbelto
Adorei cada pormenor, encantamento
Cada momento. Lábios
Mãos
Percorrem-no sem descanso
Sem cansaço
Revivendo a cada carícia
O amor.

XXI
Os tormentos da vida
Os viventes na busca da libertação
Olhos cor de esperança. Deuses
Pedintes
Enfraquecidos de lutas tidas por ideais
De bem querer
Rastejando por migalhas de existir
Do nada ter.

XXII
O vazio.

Comments:
Deleite-me com cada letrinha sua.
E deixo aqui um beijo caloroso e demorado para ti, querido!

Beijinhosssssssssssssssssss
 
Tanta emoção,e sensibilidade Parabéns
LIgia
 
Querida Claudia. Também os teus escritos me fazem entrar em extase. Beijinho.
 
Querida Lígia. É bom saber o que as palavrinhas fazem sentir nos outros. Beijinho.
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?