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sexta-feira, setembro 22, 2006

tradição e cultura popular

A tradição resulta da memória colectiva de um Povo, autêntico património invisível que se transmite entre gerações e representa o mais elevado expoente da cultura popular. Aqui se deseja dar conta desse repositório


O calendário nos tempos e nas civilizações

Desde as eras imemoriais que o Homem sempre procurou encontrar formas de contar o tempo que passa. Por simples curiosidade mas, igualmente, com fins utilitários, pois dessas contagem dependia o conhecimento dos ciclos de vida e a prática das funções da agricultura, base de subsistência desde os tempos mais remotos.

Todos os calendários se baseiam nos movimentos aparentes dos dois astros mais brilhantes do firmamento, na perspectiva de quem se encontra na Terra - o Sol e a Lua. A partir desses movimentos se determinam as unidades básicas de tempo: dia, mês e ano.

O dia, cuja noção nasceu do contraste entre a luz solar e a escuridão da noite, é o elemento mais antigo e fundamental do calendário. A observação da periodicidade das fases lunares gerou a noção de mês. E a repetição alternada das estações, que variavam de duas a seis, de acordo com os climas, deu origem ao conceito de ano, estabelecido em função das necessidades da agricultura. O ano é o período de tempo necessário para que a Terra faça uma volta completa em redor do Sol - cerca de 365 dias e seis horas. Esse número fraccionário exige que se intercale, periodicamente, dias, a fim de fazer com que os calendários coincidam com as estações do ano. No calendário gregoriano, usado na maior parte do mundo, um ano comum compreende 365 dias, mas a cada quatro anos há um ano de 366 dias - o chamado ano bissexto, em que o mês de Fevereiro passa a ter 29 dias. São bissextos os anos cujo milésimo é divisível por quatro, com excepção dos anos de fim de século cujo milésimo não seja divisível por 400. Assim, por exemplo, o ano de 1900 não é bissexto, ao contrário do ano 2000.

Do ponto de vista astronómico os calendários podem agrupar-se em: calendários siderais, calendários lunares, calendários solares e calendários lunisolares. Calendário sideral é aquele que é baseado no retorno periódico de uma estrela ou constelação a determinada posição na configuração celeste. O calendário lunar tem como base o movimento da Lua em torno da Terra, isto é, o mês lunar sinódico, que é o intervalo de tempo entre duas conjugações da Lua e do Sol. O calendário solar segue unicamente o curso aparente do Sol, fazendo coincidir, com maior ou menor precisão, o ano solar com o civil, de forma que as estações recaiam todos os anos nas mesmas datas. O calendário lunissolar baseia-se no mês lunar, mas procura fazer concordar o ano lunar com o solar, por meio da intercalação periódica de um mês a mais.

Por razões religiosas e históricas diversos calendários especiais foram sendo criados com o decorrer dos tempos, de entre os quais damos aqui alguns exemplos: Calendário Maia, calendário hebraico, calendário muçulmano e o calendário revolucionário francês.

O calendário mais bem elaborado das antigas civilizações pré-colombianas foi o Maia, e do qual deriva o calendário Asteca. Tanto um como o outro tinham um calendário religioso de 260 dias, com 13 meses de vinte dias e um calendário solar de 365 dias.

Os judeus não adoptaram o calendário Juliano, em grande parte para que sua Páscoa não coincidisse com a cristã. O ano israelita civil tem 353, 354 ou 355 dias; seus 12 meses são de 29 ou trinta dias. O ano intercalado tem 383, 384 ou 385 dias. O calendário hebraico introduziu pela primeira vez a semana de sete dias, divisão que seria adoptada em calendários posteriores. É possível que sua origem esteja associada ao carácter sagrado do número sete.

A civilização islâmica adoptou o calendário lunar. Neste calendário o ano se divide em 12 meses de 29 ou trinta dias, de forma que o ano tem 354 dias. Como o mês sinódico não tem exactamente 29,5 dias, mas 29,5306 dias, é necessário fazer algumas correcções para adaptar o ano ao ciclo lunar.

Um caso muito singular é o do calendário republicano, instituído pela revolução francesa em 1793, e que tinha como data inicial o dia 22 de novembro de 1792, data em que foi instaurada a República. Pretendia substituir o calendário gregoriano e tornar-se universal.

Hoje é o Dia do Calendário (segundo O Verdadeiro Almanaque Borda d’Água – repertório útil para toda a gente)


Para leitura de um estudo mais completo sobre “calendários” consultar A História do Calendário

Comments:
Gosto muito dessa sua maneira de nos informar ou mesmo relembrar ,com sua maneira tão bonita
Ligia
 
Querida Lígia. Obrigado por tuas palavras de afecto. O melhor de tudo é sempre partilhar. Beijinho.
 
oi ligia adorei essa sua maneira de nos ajudar um grande beijo...
 
ligia vc é uma idiota burrrrrraaaaa
 
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