terça-feira, novembro 28, 2006
segredos guardados no rio
O rio guarda os segredos da profunda paixão do velho Marinheiro, barba branca e cabelo desgrenhado, pela mais bela Ninfa do Tejo, olhos profundos e sorriso doce
A Serra de Sintra e a Senhora do Cabo
Sentado no muro que delimita o Miradouro dos Capuchos, o velho marinheiro olha longamente a linha do horizonte desse mar que sente tão seu. O vento forte que sopra de mar para terra fustiga-lhe o rosto rudemente o que parece não sentir, pensamentos perdidos no tumulto do mar agitado.
À sua direita, bem longe onde a bruma sobe do mar, a Serra de Sintra parece a guardiã de sentimentos profundos que Lord Byron tão poeticamente expressou em seus escritos nascidos da tranquilidade da serra, que não das suas paixões.
Para Sul uma linha marca a plataforma que entra mar dentro até chegar ao mítico Cabo Espichel. Não tarda, que ao sol poente raiem os primeiros fachos luminosos que o farol fará chegar às embarcações qual guia no mar tormentoso.
À memória do velho marinheiro vem, enquanto cofia a alva barba, tantos anos que já lá vão a aflição que sentiu ao ver a embarcação em que navegava, seus companheiros e ele próprio quase serem tragados pelo mar alteroso. Terá sido a Senhora dos Navegantes que a todos salvou?
Vem desses longínquos tempos o pacto de fidelidade feito com o mar que hoje sente ser seu. Vem desses tempos passados a sua capacidade de entender o mar, no seu bru-à-à constante, mas também o ouvir a maviosa voz de mulher que lhe povoa o sentir.
“_Tu és o meu marinheiro, o meu querido marinheiro...”
“_Sinto a Lua no meu ombro, tu marinheiro que és meu sol...”
O marinheiro sentiu frio. O vento não só lhe fustigava o rosto violentamente, como passava através da sua roupa, arrefecia-lhe o corpo, mesmo a alma... Reparou, então, que o farol, lá longe em terras da Senhora da Pedra da Mu, dourava o firmamento com o seu facho luminoso. Sentiu respiração forte junto a si mas não viu ninguém...
Lembrou-se da “velha” rica de saberes e de eterna capa posta sobre os ombros que a lenda das gentes das redondezas regista. Lembrou-se do eterno Camões que de forma única cantou as Ninfas do Tejo. Lembrou-se da Senhora dos Navegantes.
E deixou-se dormitar na noite fria...
A Serra de Sintra e a Senhora do Cabo
Sentado no muro que delimita o Miradouro dos Capuchos, o velho marinheiro olha longamente a linha do horizonte desse mar que sente tão seu. O vento forte que sopra de mar para terra fustiga-lhe o rosto rudemente o que parece não sentir, pensamentos perdidos no tumulto do mar agitado.
À sua direita, bem longe onde a bruma sobe do mar, a Serra de Sintra parece a guardiã de sentimentos profundos que Lord Byron tão poeticamente expressou em seus escritos nascidos da tranquilidade da serra, que não das suas paixões.
Para Sul uma linha marca a plataforma que entra mar dentro até chegar ao mítico Cabo Espichel. Não tarda, que ao sol poente raiem os primeiros fachos luminosos que o farol fará chegar às embarcações qual guia no mar tormentoso.
À memória do velho marinheiro vem, enquanto cofia a alva barba, tantos anos que já lá vão a aflição que sentiu ao ver a embarcação em que navegava, seus companheiros e ele próprio quase serem tragados pelo mar alteroso. Terá sido a Senhora dos Navegantes que a todos salvou?
Vem desses longínquos tempos o pacto de fidelidade feito com o mar que hoje sente ser seu. Vem desses tempos passados a sua capacidade de entender o mar, no seu bru-à-à constante, mas também o ouvir a maviosa voz de mulher que lhe povoa o sentir.
“_Tu és o meu marinheiro, o meu querido marinheiro...”
“_Sinto a Lua no meu ombro, tu marinheiro que és meu sol...”
O marinheiro sentiu frio. O vento não só lhe fustigava o rosto violentamente, como passava através da sua roupa, arrefecia-lhe o corpo, mesmo a alma... Reparou, então, que o farol, lá longe em terras da Senhora da Pedra da Mu, dourava o firmamento com o seu facho luminoso. Sentiu respiração forte junto a si mas não viu ninguém...
Lembrou-se da “velha” rica de saberes e de eterna capa posta sobre os ombros que a lenda das gentes das redondezas regista. Lembrou-se do eterno Camões que de forma única cantou as Ninfas do Tejo. Lembrou-se da Senhora dos Navegantes.
E deixou-se dormitar na noite fria...