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quarta-feira, janeiro 31, 2007

"arma" inconveniente

A conferência acabara mais cedo e eu, acompanhado do meu colega português no evento, percorri lentamente a Piccadilly Street, que já se chamou Portugal Street, paralela ao Green Park, vindos do Hilton Park Lane Hotel, na direcção de Piccadilly Circus. Onde vamos? Onde não vamos? Lá nos dirigimos para o Hamlays, o maior armazém de brinquedos de Londres, sete andares de perfeito encantamento para os mais novos.

Sempre havia a desculpa do Rogério de ir comprar uma lembrança para o filho, mas o que ele ia à procura era de umas cópias perfeitíssimas de armas, pistolas, metralhadoras e outras de que quer ele, quer seu pai, eram empenhados coleccionadores.

Deliciámo-nos com os maravilhosos brinquedos que ali se mostravam em todo o seu esplendor. Como é que as crianças lhes poderiam resistir? No quinto andar, efectivo objectivo da digressão, lá encontrámos uma cópia fiel da metralhadora “não sei quantos”, que nisso o especialista é o meu amigo Rogério. Utilizava como munições pequeninas esferas de plástico.

Regresso ao hotel. Eu segui para o meu quarto no 12º andar, o Rogério para o seu, no 17º. Não tardou 10 minutos. Pela aparelhagem sonora, da música ambiente dos quartos, surgiu o alerta. “Atention, atention, emergency1” E lá vinham as recomendações do costume no mais puro inglês e que aqui apresento em tradução livre. “Foi detectada uma situação de incêndio, no hotel”. “Não se alarmem, mas não utilizem os elevadores”. “Queiram abandonar os vossos quartos com os valores, com toda a calma!”.

Em simultâneo mais dois acontecimentos. Doze andares abaixo do meu quarto, à praça fronteira ao hotel, chegavam três carros de fogo dos bombeiros, um carro de intervenção rápida, uma escada Magirus e um carro de fogo artilhado com duas ou três agulhetas. Aparato policial. Bombeiros.

Por outro lado toca o telefone. Era o Rogério. “Não te alarmes... Podemos descer pelo elevador... Espera-me a porta do elevador no teu andar que vou já descer”.

Saímos de “fininho” apanhámos um taxi, daqueles bem característicos de Londres e fomos até Picadilly Circus, rumo ao Soho, claro.

Em resumo: O Rogério chegara ao quarto, fora experimentar a metralhadora, que por azar ou pontaria rebentou com a ampola existente no tecto para detecção de incêndios. Regressámos mais tarde. Tudo calmo!

Resta acrescentar que o Hotel Hilton Park Lane era um dos hotéis normalmente utilizado pela malograda Lady Di para dar as suas recepções. Fica ali bem perto do Hyde Park, precisamente na zona designada Park Lane.

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