Partilhar
quinta-feira, fevereiro 22, 2007

costa de caparica

minha terra é meu sentir
Caparica mais do que uma terra é um Povo. Gente que construiu vida entre o mar e a floresta em diversificado labor. Da sua vivência aqui se regista testemunho


A Costa de Caparica é lugar conhecido de há muitos anos, especialmente, pelas gentes que habitam na área da Grande Lisboa, como zona de veraneio, que recebe anualmente mais de 10 milhões de pessoas. Este facto, pouco tem contado para o seu desenvolvimento social e económico, pois este enorme caudal de gente limita-se, na maioria das situações, a chegar pela manhã, destino à praia com seus farnéis e regressar no final do dia, para no dia seguinte efectuar a mesma viagem.

Daí o pouco desenvolvimento hoteleiro, embora os restaurantes na época de Verão tenham bastante movimento e, de igual forma, o pouco ganho obtido pelo comércio local.
Num balanço anual que se possa fazer desta autêntica migração sazonal para os vinte quilómetros de longo areal tem resultados negativos. Os veraneantes ajudam a destruir a duna primária, fazem autênticas agressões ambientais e, em contra partida, não ajudam ou ajudam pouco ao desenvolvimento caparicano.

Algo há a fazer para inverter os resultados desta situação. Contudo, as entidades governamentais, desde sempre olharam a Costa de Caparica como enteado, protegendo, isso sim, a Costa do Estoril. É assim que se entende a agressão lesa Natureza que representam os silos de cereais da Trafaria, as instalações militares da NATO sediadas na margem sul do Tejo, a vinda de toneladas e toneladas de lixos da Grande Lisboa para os aterros sanitários de Almada e do Seixal, de exploração mista (privada e estatal) e a exploração de areias da praia para serem colocadas do lado norte do Tejo o que já provocou catástrofes ambientais na margem sul.

Mas a Costa de Caparica a tudo resiste na defesa da sua beleza natural, da sua história e da sua tradição.

Um pouco de história...

D. João VI (contrariamente ao que muitos afirmam) nunca esteve hospedado na "Casa da Coroa", apenas limitou-se a lá comer uma caldeirada, feita por Maria do Rosário ou "Maria do Adrião" para a "companha" que regressava da pesca, como nos diz um escrito que nos mostraram, e deve datar possivelmente de 1827 e nos fala da caldeirada comida por D. João VI em 18 de Julho de 1825.

Diz o referido escrito: "O grupo dos tais senhores que pareciam ter vindo de Lisboa, começaram a caminhar atrás dos pescadores e quando nos viram cortar fatias de pão e d'elas nos servir de prato, começaram a rir e pediram autorização para provarem a caldeirada e ver se sabiam comer como os pescadores."

"Como gostassem, continuaram a comer e a beber, sentados na areia sem a gente saber quem eles eram. Por isso é de calcular o espanto que tivemos quando um dos senhores nos disse que estava ali D. João VI - Rei de Portugal."

Comments:
Os turistas de um dia,acabam prejudicando o local,sendo necessário um trabalho de concientização. ESperar ações do governo,desanima,assim só mesmo a população local se unir
LIgia
 
Querida Lígia
Concordo plenamente com a força do Povo em acção.
Beijinho.
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?