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sábado, fevereiro 10, 2007

frevo, 100 anos (2)

Ontem, a propósito da comemoração do Centenário do Frevo, publicámos um pequeno conto da série “Sentir o Povo que Vive” em que o Fotógrafo percorrendo calçada recifense acima se cruzou com um desfile de “frevo” onde a Escritora dava aso á sua alegria de viver o Carnaval.

Logo depois chegou a “resposta” dada pela minha querida Amiga Lualil no seu Traduzir-se... Eis a transcrição desse texto cheio de afecto:


“Mais uma vez.. carnaval
Para o meu amigo fotógrafo e companheiro de longas caminhadas.

Arrumava-se agitadamente. Sentia-se ansiosa afinal era aquele seu primeiro desfile. Muitas vezes viu de olhos brilhantes toda aquela gente colorida e alegre passar.. muitas vezes sonhou ser uma delas. Sentia o batuque estremecer seu coração. Sua cultura a fazia se sentir viva, alegre e sonhadora. Agora só lhe faltava o cocar que ajeitou carinhosamente na cabeça deixando alguns cabelos soltos na frente e levou nas mãos o cocar que iria entregar a alguém. Certamente não parecia uma índia muito verdadeira mas, havia algo em sua alma que a fazia a índia mais feliz naquele momento.

Vamos vamos! Gritava o mestre.

Desfilaram pelas ruas do Recife antigo sentindo o calor de toda aquela gente da terra e muitos olhos encantados que vinham de todos os lugares do mundo.

Ela sempre que possível procurava um clique de uma determinada máquina fotográfica. Já havia atravessado quase toda a rua e não havia conseguido encontrar o fotógrafo que com ela subia e descia as calçadas da cidade a viver a sentir os movimentos daquela gente. Mas ela sabia que ele estava por lá. Ela sentia.

Sentiu uma ligeira tontura e precisou buscar pelo apoio de alguém que estivesse próximo. Segurou no braço de alguém até sentir que estava bem outra vez. Quando se recuperou, viu os olhos do fotógrafo a olhar nos seus. Sorriu, beijaram-se e ainda mais feliz seguiu até ao final do desfile.”

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