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domingo, fevereiro 11, 2007

gato e romãs

Após uma visita que realizámos Foz do Arelho onde pude apreciar na marginal à Lagoa de Óbidos um excelente conjunto escultórico fiquei curioso sobre o seu significado. Duas peças complementavam-se nesse conjunto escultórico: uma janela com um gato sentado na sua característica posição e uma mesa de toalha posta com uma taça contendo três romãs.

Procurei, na altura, junto do dono do restaurante anexo ao Museu Bordalo Pinheiro, onde almoçámos, saber o significado das esculturas. Perante a negativa ficou a promessa que não vi concretizada de tal explicação ser procurada junto da vereadora da Cultura e Turismo da Câmara Municipal das Caldas da Rainha.

Encetei, então, as minhas pesquisas, tendo publicado na Oficina das Ideias a imagem das esculturas e o apelo à blogoesfera do esclarecimento desejado. NADA!



Contactei, entretanto, a Junta de Freguesia da Foz do Arelho, o Turismo das Caldas da Rainha... Muita simpatia, mas poucos esclarecimentos. A Dona Iolanda do Turismo caldense desenvolveu as suas melhores diligências até que consegui obter a memória descritiva do referido conjunto escultórico.

Aqui fica o significado e as intenções dos escultores autores para que conste...


Gato na Janela [“Mashrabiya”]
Nós usámos a imagem de um gato que é um animal com um longo historial e origem de muitas lendas e mitos controversos (tal como a história do nosso Povo). Encontrar a “mashrabiya” na janela do velho edifício do Museu da Cerâmica é como regressar à minha casa em Israel. O gato e a “mashrabiya” encontraram-se numa escultura em Portugal.

Mesa com toalha, posta com taça de loiça e três romãs [“Still Life with pomegranates”]
Durante este simpósio nós fizemos uma escultura de “natureza morta”. Na mesa “colocámos” 3 romãs. Um antigo símbolo de fertilidade e saúde na nossa cultura. Estou encantado de encontrar em Portugal a palavra correspondente a “pomegranate” romã a mesma que em hebraico rimon.


Escultura realizada no âmbito do 7º Simpósio da Escultura em Pedra, Caldas da Rainha 1998; autores: Varda Ghivoly e Ilan Gelber

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