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domingo, março 18, 2007

conduzir em lisboa e em luanda

a minha opinião
O pessoal da Oficina está atento à actualidade política e social de Portugal e do Mundo. Aqui partilham o seu pensar através da minha análise modesta mas interessada



Na agenda política foi colocado recentemente e, na aparência, “à pressão” o tema das “cartas de condução”. Mais concretamente, após ter sido “caçada” a carta de condução do jogador de futebol angolano Mantorras, a desenvolver a sua actividade no Benfica, por não ter o documento válido em território nacional.

Angola retaliou e apreendeu diversas cartas de condução portuguesas e aplicou coimas a condutores portugueses que em Luanda utilizavam documentos portugueses sem o respectivo averbamento para uso em Luanda.

O governo da Nação está a analisar a situação e, em reunião de ministros de Negócios Estrangeiros, propõe-se resolver o desaguisado. Quando se trata de medidas lesivas dos direitos do Povo português, o governo decide e legisla sem diálogo e em jogadas de plena antecipação dos acontecimentos; Nas situações de interesse para as populações o governo vai atrás dos acontecimentos, somente quando a isso é forçado.

A incúria nesta situação das cartas de condução como em tantas outras somente entrou na agenda política quando as coisas “azedaram” para os lados de Luanda e perante a aproximação da presidência portuguesa da União Europeia e a perspectiva de encontros com a União Africana.

Mas adiante...

A um amigo recém regressado de Luanda coloquei a questão se tinha tido problemas em Luanda para conduzir com uma carta de condução portuguesa. Disse-me que não, pois durante os dois meses que esteve em Angola a dar formação nunca pegou num automóvel. Aliás, considera uma aventura conduzir nas ruas de Luanda.

Sem o cumprimento das normas que possam existir, conduz-se em Luanda a alta velocidade, não respeitando cruzamento, fazendo 5 ou 6 filas de veículos em vias traçadas para 3. É frequente ouvir-se um “tac-tac-tac-tac” dos espelhos retrovisores a baterem uns nos outros.

O espaço é calculado para a dimensão dos veículos sem contar com os centímetros que os espelhos ocupam. Além do mais, existe sempre espaço para que um motociclo possa, igualmente, passar.

“_Conduzir em Luanda, nem pensar!”

Caótico não será, por certo, o transito nas ruas e estradas de Portugal. Mas que a cada esquina nos deparamos com aterradoras faltas de civismo, isso não há a menor dúvida. Muita gente já vai afirmando:

“_Conduzir em Portugal, nem pensar!”

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