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quarta-feira, março 07, 2007

o dia da televisão

do meu baú de memórias
Relembrar algumas das memórias que se encontram bem lá no fundo do baú onde guardamos recordações de situações vividas há muito ou que nos foram contadas pelos mais velhos



Uma profunda mudança na minha vida, no sentir dessa época de adolescente, teve lugar quando, com apenas 12 anos, meus pais mudaram de residência, não para uma distância significativa, mas por conveniência da actividade profissional do meu progenitor.

Vivera esse tempo passado na casa em que havia nascido e aí tinha o círculo de amizades com a miudagem cem quem fora crescendo nessa liberdade de rua, sem perigos nem ameaças, uma crescer saudável, pesem as dificuldades de vida em tempos de penúria económica em que p País se encontrava mergulhado.

Depois de longos anos exercendo a profissão de empregado de balcão de drogaria, encontrara condições para se estabelecer por conta própria. Fora empregado quando muito jovem do Senhor Viegas (avô do saudoso actor Mário Viegas); depois, esteve longos anos, atravessou o período da II Grande Guerra, e assistiu ao nascimento do seu único filho, quando empregado dos Estabelecimentos Ferreiras & Varanda; nos últimos anos fora ainda empregado de uma pequena drogaria com “sociedade” prometida que nunca se concretizou.

Finalmente, conseguira a sua independência, abriu um negócio “por conta própria”.

A área de trabalho do meu Pai sempre fora a drogaria, uma evolução das passadas lojas em que já se verificava a separação dos bens de alimentação. Agregado ao negócio tinha o meu Pai a distribuição de gás, o GazCidla, único na época e a venda de alguns electrodomésticos. Quando a partir de 7 de Julho de 1957 a televisão iniciou as emissões regulares passou, igualmente, a vender receptores das emissões de televisão, os televisores.

Recordo-me de que nessa época quando se iniciavam as emissões, ao princípio da noite, o meu Pai colocava um televisor na loja, a família senta-se no chão a assistir a essa emergente maravilha da tecnologia, enquanto os passantes se deixavam ficar a ver para lá das vidraças da porta e das montras que ficavam franqueadas para o efeito.

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