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quinta-feira, maio 24, 2007

a alma magiar

Do que conheço desse povo tão especial, até mesmo na língua que fala, acho o povo magiar extrovertido e alegre, o que lhe tem permitido resistir aos sucessivos eventos históricos em que a ocupação dos seus territórios por forças exteriores está sempre presente.

Tive oportunidade de visitar pela primeira vez Budapeste em Outubro de 1990. no dia em que se realizavam eleições legislativas, que aliás tiveram que ser repetidas passados 15 dias por motivo de falta de quorum.

O movimento nas ruas e nos principais locais de concentração de gente na cidade, como seja o caso da estação central de caminho de ferro, era intenso e não encontrei essa tal “tristeza secular”.

Por circunstâncias da visita fui acolhido no aeroporto Budapest Ferlhegypor uma amiga húngara, a Hanna, portadora de um belo ramo de flores. O nosso conhecimento tinha sido resultante de contactos via rádio CB (radioamadorismo) e ela esperava-me com a alegria espelhada no rosto.

A alma magiar é melancólica por natureza. Mas não há lugar à tristeza, antes extravasam alegria especialmente quando dançam, e dançam, e dançam. Convivem nas esplanadas e nos bares, mas também jogam xadrez enquanto se banham nos tradicionais balneários públicos.

E quando lhes dizemos que somos de Portugal não se limitam a responder _Eusébio!, _Amália mas lançam o olhar para longe, para os lados do Oceano Atlântico e dizem; _Portugália, _Portugália!

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Comments:
Caro amigo, tenho uma opinião um pouco distante da sua, mas é como tudo opiniões valem o que são, dependem de cada indivíduo e do seu sentir e assim se tornam diferentes. Conheço bem o povo Magyar e são tudo menos extrovertidos e alegres. Em 1990 encontrou um momento muito particular da história política deste país, as primeiras eleições livres desde o fim da afectação soviética. De resto plenamente de acordo, como afirmei no meu último artigo publicado (blogue: szerinting.blogspot.com), os húngaros de um modo geral sabem muito mais sobre Portugal do que os portugueses ousam saber sobre a Hungria.
O aeroporto chama-se "Ferihegy" e significa "colina branca" ou "monte branco" (embora seja situado em Peste e como sabe elevações de terreno significativas só existem em Buda)
 
Caro Amigo Janes
Agradeço o seu comentário muito enriquecedor desta modesta postagem.
Espero mais contribuições que muito boas serão para os meus dedicados leitores.
Um abraço.
 
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