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quinta-feira, julho 12, 2007

chamamento das runas

Vou tentar levá-los comigo num percurso de memória que por tanto me agradar se tornou recorrente no meu caminhar no tempo, que não no espaço. Trata-se de uma “angústia” permanente sobre o “tempo que passa”, não pelo receio do abismo, do escuro, do fim, antes pelo que há a realizar numa recta de tempo fugidia. Este sentir está muito relacionado com os contadores de tempo, trata-se de uma noção que além de um sentir muito subjectivo é sempre relativizada à situação real que vivemos a cada momento.

Quantas vezes um lapso de tempo parece escapar-nos entre os dedos, qual porção de areia doirada das praias da Caparica, enquanto noutras nos dá a sensação de um fluído expeço e persistente que se nega a abandonar o nosso corpo. Contudo, marcado pelo contador de tempo o lapso é exactamente o mesmo.

Curiosamente, a minha querida amiga São, do EspectacologicaS, escreve um dia num comentário seu a um texto publicado na Oficina das Ideias: “Eu não uso relógio e o do telemóvel anda sempre adiantado... mas espero que recuperes esse atraso de 2 segundos!”, dando bem o sinal da pouca consistência do “tempo que passa”.

Seguindo a corrente da minha memória que há pouco iniciámos a percorrer em conjunto, chegamos ao tempo contado em anos. Menos de quarenta anos é a antiguidade, tempo passado, do meu relógio relíquia. Cerca de 7.000 anos o tempo de existência em terras de Portugal de uma marca relacionada com as Runas. “… as ruínas de Alvae, em Portugal, e o alfabeto Hallristingnor, formas primárias de runas que datam do período neolítico médio (5500-4500 a.C.)” [in Das Runas, de Fabiana d’Aversa, pág. 48].

As Runas, alfabeto ou simbologia das civilizações nórdicas continua hoje a interessar milhares de pessoas de todas as regiões do Mundo. Também é tema que nos interessa muito na Oficina das Ideias. Tema que somente abordamos quando as próprias Runas vindas das profundezas dos tempos no-lo exigem.

As Runas. Que símbolos são estes, datados de há tantos milhares de anos, encontrado em terras lusas, a uma enorme distância da sua origem?

Este foi sem dúvida um outro “chamamento”, não definitivo diga-se em abono da verdade, mas que ainda pode vir a sê-lo. A runa da Oficina das Ideias é o Ansur: “Está associada aos deuses escandinavos, especialmente Odin, e representa o poder controlado, criativo e divino. Espiritualmente é a runa da profecia e da revelação. Transmite também as ideias de sabedoria, saber, razão e comunicação”. Aqui fica a sua imagem...

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Comments:
Boa Runa essa! :)

Querido Victor, o tempo é algo que não dá para "prender" num relógio. Porquê? Porque não é este nosso corpo que consegue "prender" a nossa alma... :)

Beijos
 
Querida São
Sempre que visito o British Bar me interrogo sobre o tempo que passa e o significado "no sentido dos ponteiros do relógio". Sempre que visito a minha alma sinto o seu permanente desassossego.
Beijinhos.
 
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