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domingo, agosto 12, 2007

chuva de estrelas

o mistério e a fantasia
Mitos e lendas, ou simplesmente uma curiosidade, a que o Povo dá dimensão de universal sentir e a Ciência procura a explicação que nem sempre é conseguida



Na noite de hoje para amanhã, com mais intensidade cerca das 3 horas de 13 de Agosto, será visível nos céus do hemisfério Norte um fenómeno astronómico, designado muitas vezes por “chuva de estrelas cadentes”. Embora a visibilidade deste fenómeno tenha lugar entre 23 de Julho e 22 de Agosto, é esta noite em que a intensidade será maior, com cerca de 120 meteoros por hora.

Perseides é uma das chuvas de meteoros mais conhecida, é a que tem lugar nesta época do ano no hemisfério Norte, e resulta da intercepção do planeta Terra com a órbita do cometa Swift-Tuttle que deixa na sua passagem milhões de partículas na sua trajectória que ao entrarem na atmosfera terrestre se tornam encandescentes.


Ainda me recordo nos meus tempos de meninice o medo que existia perante tal fenómeno pois mais parecia que o céu iria cair nas nossas cabeças. As referidas partículas de dimensões muito reduzidas pulverizam-se ao entrar na atmosfera terrestre com a emissão fugaz de forte intensidade luminosa resultante do atrito provocado na massa atmosférica onde as partículas entram a velocidades da ordem dos 200 mil quilómetros por hora.

Por vezes, alguns blocos de maiores dimensões ultrapassam a massa gasosa chocando com a superfície terrestre, são os meteoritos, alguns dos quais têm deixado marcas assinaláveis na crosta terrestre.

Durante muito tempo as "estrelas cadentes" foram interpretadas como corpos atmosféricos misteriosos e atribuía-se-lhes o prenúncio de eventos maléficos. Os gregos sabiam já que este fenómeno não correspondia à mudança ou queda de estrelas reais, pois estas eram fixas e distantes, mas não encontraram uma explicação para os rastos luminosos do firmamento.

Sabe-se hoje que o conhecido fenómeno das "estrelas cadentes" ou meteoros, como correctamente deve ser designado, é produzido por pequenos corpos, não maiores que uma ervilha, que, gravitando em torno do Sol, ao atingirem em grande velocidade a atmosfera terrestre, tornam-se incandescentes pelo choque com as moléculas de ar, reduzindo-se na maioria a pó antes de alcançarem o solo.

As "chuvas de estrelas" ou enxames de meteoros são geralmente designadas pelo nome da constelação na qual se situa a sua radiante, ou também pelo nome da estrela brilhante próxima da radiante. Mais raramente emprega-se o nome do cometa com o qual o enxame está relacionado. A "chuva de meteoros" só ocorre quando a órbita do enxame intersecta, ou passa próximo da órbita da Terra e, além disso, o enxame e a Terra chegam ao mesmo tempo à intersecção. A posição deste ponto na órbita da Terra determina a data da "chuva de meteoros".

Hoje serão vistas com intensidade as Perseídes que parecem provir da constelação Perseu.

Este fenómeno é conhecido também por “Lágrimas de S. Lourenço” por coincidir e servirem de homenagem a este santo festejado a 10 de Agosto, tal como vem referido n’O Verdadeiro Almanaque Borda d’Água.

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Comments:
Oi, Victor!
Bom dia!

É uma bela descrição de um fenômeno que me parece ser de muita beleza também. Gostaria muito de poder algum dia apreciar as "lágrimas de São Lourenço".

Beijos

Gwen
 
Querida Gwen
Já tenho escrito outras vezes sobre a chuva de estrelas. Mas somente na pesquisa que fiz agora para melhorar o seu conteúdo encontrei a designação de "Lágrimas de S. Lourenço". E achei algo muito belo, daí a partilha que aqui faço.
Beijinhos.
 
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