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quarta-feira, agosto 08, 2007

juros da nossa preocupação

a minha opinião
O pessoal da Oficina das Ideias está atento à actualidade política e social de Portugal e do Mundo. Aqui partilham o seu pensar através da minha análise modesta mas interessada



O mecanismo macro-económico da taxa de juro é utilizado pelos bancos centrais como um dos instrumentos de controlo da inflação, devendo-o ser feito em períodos relativamente curtos e bem determinados para evitar o risco de se transformarem num antídoto absorvido pelo sistema económico, criando uma espiral inflacionista sobre a qual deixa, então, de ter quaisquer efeitos.

O que numa época anterior à vigência da moeda Euro era determinado e aplicado pelo banco central de cada país, no nosso caso, pelo Banco de Portugal, embora sob influência dos movimentos monetários internacionais, no nosso caso, com relevância para o Dólar, passou a sê-lo pelo Banco Central Europeu após o advento do Euro.

Acresce que a luta política económica de liderança do sistema financeiro entre o Euro e o Dólar tem vindo a tornar a situação do controlo monetário muito mais sensível e melindrosa.

Mas o que provoca o surto inflacionista europeu e mundial que os aumentos da taxa de juro nos bancos centrais se propõe resolver (???) e que afecta fortemente a generalidade das populações, especialmente, as mais desfavorecidas?

O surto inflacionista que se verifica em todos os países que seguem o sistema político económico do designado “liberalismo” baseado nas teorias e mercado, especialmente, na “oferta e na procura”, resulta em grande parte de desequilibro entre a procura (disponibilidade financeira) e a oferta (produção de bens e de serviços).

Quer isto dizer que o poder financeiro é em muito resultante da especulação, bolsista, imobiliária, financeira, sem a correspondente produção de bens e de serviços no sentido de manterem o equilíbrio entre procura e oferta, o que impediria grande parte do surto inflacionista.

Esta situação é própria de uma “economia” desenfreada de acumulação do capital que coloca em última prioridade a componente social do desenvolvimento económico.

Acontece que os grandes desequilíbrios de desenvolvimento económico verificados no seio da União Europeia resultam num maior sacrifício sobre os países menos desenvolvidos, como é o caso de Portugal, onde se acumulam erros governamentais de sucessivos Governos e onde o aumento das taxas de juro se tornam, por isso, mais sensíveis para as populações.

Que o digam os jovens casais portugueses, da geração dos 500 euros, com as grandes dificuldades em que se encontram para satisfazerem os seus compromissos para com os bancos, especialmente, no que diz respeito aos empréstimos para habitação própria.

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