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segunda-feira, outubro 22, 2007

outubro

“De amor nada mais resta que um Outubro
E quanto mais amada mais desisti:
Quanto tu mais me despes mais me cubro
E quanto mais me escondo mais me avisto.”

(Natália Correia, Poesia Completa)


O mês de Outubro, com o Outono já meado, representa muitas vezes o esquecer daquela paixão tão profundamente vivida nos meses de Verão. Amores de uma estação que convida ao romance e que arrebata corações no dardejar dos raios solares como se de Cupido setas fossem.

A maturidade da vida vivida resiste à mudança das estações e encontra no cinzento chumbo das nuvens, no vento agreste que sopra de quadrantes indeterminados, nas folhas caídas “de castanho de amarelo de vermelhão” coloridas, a atracção pelo aconchego de um abraço amigo, pelo conforto de um chocolate quente que escorre lentamente pela garganta.

Os sentidos vibram intensamente com o melodioso som dos violinos numa música eterna que vai impregnando o ar que respiramos como se do mais requintado perfume se tratasse. Quando te dispo, teu belo corpo sempre aparece coberto por diáfanos véus de encantamento. O mistério mantém-se numa paixão crescente.

Neste permanente jogo de sedução a tua escondida beleza é visível numa dimensão a que somente os eleitos atingem.

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