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quarta-feira, novembro 14, 2007

do leão a sua origem

Na noite de hoje para amanhã, e em todas as noites que se seguirão até ao próximo Domingo, 18 de Novembro, será visível nos céus do hemisfério Norte um fenómeno astronómico por muitos designado “chuva de estrelas cadentes”. Este ano, o facto de o firmamento apresentar nebulosidade nula torna a observação muito mais aliciante.

São conhecidas por Leónidas, por a sua origem aparente se situar na constelação de Leão, embora esta chuva de meteoros resulte na realidade da intercepção do planeta Terra com o rasto do cometa Temple-Tuttle que consiste em pequenas partículas sólidas.

As Leónidas são famosas devido à espectaculosidade do fenómeno. A sua recorrência tende a ser de 33 em 33 anos, associada à órbita de 33 anos do Tempel-Tuttle à volta do Sol, tendo sido o mais recente ano do ciclo o ano de 1999, pelo que visíveis no ano em curso ganharão muito mais intensidade no ano de 2032.

Ainda me recordo nos meus tempos de meninice o medo que existia perante tal fenómeno pois mais parecia que o céu iria cair nas nossas cabeças. As referidas partículas de dimensões muito reduzidas pulverizam-se ao entrar na atmosfera terrestre com a emissão fugaz de forte intensidade luminosa resultante do atrito provocado na massa atmosférica onde as partículas entram a velocidades da ordem dos 200 mil quilómetros por hora.

Por vezes, alguns blocos de maiores dimensões ultrapassam a massa gasosa chocando com a superfície terrestre, são os meteoritos, alguns dos quais têm deixado marcas assinaláveis na crosta terrestre.

Durante muito tempo as "estrelas cadentes" foram interpretadas como corpos atmosféricos misteriosos e atribuía-se-lhes o prenúncio de eventos maléficos. Os gregos sabiam já que este fenómeno não correspondia à mudança ou queda de estrelas reais, pois estas eram fixas e distantes, mas não encontraram uma explicação para os rastos luminosos do firmamento.

Sabe-se hoje que o conhecido fenómeno das "estrelas cadentes" ou meteoros, como correctamente deve ser designado, é produzido por pequenos corpos, não maiores que uma ervilha, que, gravitando em torno do Sol, ao atingirem em grande velocidade a atmosfera terrestre, tornam-se incandescentes pelo choque com as moléculas de ar, reduzindo-se na maioria a pó antes de alcançarem o solo.

As "chuvas de estrelas" ou enxames de meteoros são geralmente designadas pelo nome da constelação na qual se situa a sua radiante, ou também pelo nome da estrela brilhante próxima da radiante. Mais raramente emprega-se o nome do cometa com o qual o enxame está relacionado. A "chuva de meteoros" só ocorre quando a órbita do enxame intersecta, ou passa próximo da órbita da Terra e, além disso, o enxame e a Terra chegam ao mesmo tempo à intersecção. A posição deste ponto na órbita da Terra determina a data da "chuva de meteoros".

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