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sexta-feira, novembro 23, 2007

a força da ternura

Estendeu a palma da mão sobre a mesa e ela
Pousou a sua na dele, cinco dedos longos
E magros aprisionados com a força da ternura

[Margarida Gonçalves Marques, em Um Dia depois do Outro]



A linguagem das mãos é algo sublime pelo que espelha do estado de alma, do sentir, do momento em que a fragilidade do controlo do cérebro sobre o vibrar do coração é mais evidente. A linguagem das mãos acompanhada do olhar profundo tem mais sentido do que todas as palavras que sejam escritas ou ditas.

Quando ele pousou as mãos sobre a mesa e desviou o olhar furtando-se à carícia que a doçura do olhar da sua amada lhe pretendia transmitir, ela sentiu quão necessário se tornava o contacto físico e pousou a sua mão na dele suavemente.

Dedos esguios, de pianista como soe dizer-se, que tantas vezes no enlevo duma carícia ela sentiu todo o magnetismo, a suavidade, a exigência de cada vez mais se entrelaçarem nos seus, de comunicarem mensagens que as palavras se negavam a formular.

Agora sentiu-os frios, carentes, e quando os aprisionou com a força da ternura ele ouviu perfeitamente as suas “palavras” – amo-te!

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Comments:
Amo observar o movimento das mãos das pessoas. às vezes um toque leve da ponta dos dedos dizem mais do que qualquer palavra.

Beijinhosssss
 
Querida Claudinha
Sem dúvida que as mãos são um espelho dos sentires.
Beijinhos.
 
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