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segunda-feira, dezembro 31, 2007

caminhei lentamente...

...primeiro pela longa passadeira de madeira, depois já com os sapatos marcando a areia, areia doirada do meu encantamento, com o mar ali à vista, em continua carícia que é assim em tempo de baixa-mar. Está suave o mar, como é o meu desejo de sentir o despedir do ano daqui a breves horas.

Este encontro com o mar, com o meu mar, com o nosso mar, é um imperioso chamamento neste tempo de recolhimento com o pensar, meditar sobre os acontecimentos passados uma procura de erros para que sejam corrigidos na cumplicidade de mais um ciclo telúrico.

Os tempos que passam são preocupantes pelo cada vez maior egoísmo que sublinha a atitude das gentes, neste vicioso ciclo difícil de quebrar, pois é a própria dinâmica de uma sociedade individualista que “empurra” as pessoas para o isolamento. Sociedade que acaba por ser constituída por uma solidão arrepiante.

Mas aproximam-se tempos de esperança. Tempos de solidariedade, de colectivismo na acção, na luta permanente tão necessária a colocar em evidência a dignidade que o ser humano em si próprio contém. Não é este o sentimento dos tempos de renovar?

Em termo da Oficina das Ideias o ano de 2007 foi um ano cheio de acontecimentos, na participação em eventos que muito enriqueceram o nosso saber. Diversas viagens levaram-nos ao encontro do sentir das gentes e das tradições deste Portugal tão rico e, por vezes, tão mal conhecido, mesmo, esquecido.

Foi um ano inspirado, sentimos isso... Não é alheia a este facto a cadeia de afectos que temos a felicidade de sempre envolver a nossa presença na blogoesfera. Por isso estamos gratos.

Tal como o meu mar, o nosso mar, nos segredou com cumplicidade: devemos dizer adeus a 2007 com a suavidade própria de uma partida; devemos saudar a chegada de 2008 na certeza de que nos vai trazer novas energias, novas forças.

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