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quinta-feira, dezembro 20, 2007

omega

Não sou pessoa de valiosos haveres materiais. Tenho a felicidade, isso sim, te ter muitos e bons amigos a quem eu retribuo com a mesma força, não fosse a amizade uma verdadeira partilha de sentires. Sinto-me bem sem aquela noção de posse desenfreada. Possuo o que dou e o afecto dos entes que me são queridos.

Tenho, contudo, algumas paixões... os livros... a pequenas peças que vindo daqui ou dali têm uma história para contar... e um relógio Omega (daqueles que foram à Lua no pulso de Amstrong) adquirido com o meu primeiro ordenado, no ano de 1968.

Este último tinha-o até há pouco tempo, pois a insensibilidade de um ladrão fez com que eu o perdesse, provavelmente para ser trocado por duas ou três doses de heroína...




A propósito deste relógio troquei correspondência electrónica com o meu amigo Fernando Correia de Oliveira, jornalista e investigador, do Observatório dos Relógios Históricos de Lisboa, a partir de um seu comentário que com a devida vénia passo a transcrever:

[o comentário]
O primeiro relógio que comprei, na ourivesaria Portugal, ao Rossio, em Lisboa, foi também um Omega Speedmaster. Era um mack IV, e o seu? Custou-me um mês de ordenado de então - 3.300 escudos. Sabia que o Speedmaster faz 50 anos em 2007 e que a Omega editou séries especiais marcando a efeméride? No site deles pode até importar uma série de badges "de missão", como os que os astronautas usam nos ombros.
cumprimentos. fco


[a minha resposta]
Caro Fernando de Oliveira
Muito obrigado pelo comentário que deixou na Oficina das Ideias e ao qual, como é meu hábito, irei ter muito gosto em responder nos comentários.
Entretanto, não quis deixar de lhe enviar um mail a propósito do meu relógio Omega pois, infelizmente, foi furtado faz agora um mês na sequência de um assalto que fizeram a minha casa.
O meu Omega era um Speedmaster Professional, com bracelete metálica, igualmente adquirido com o meu primeiro ordenado, aliás como entrei a trabalhar a meio do mês, com um ordenado e meio, e teria custado aproximadamente o que custou o seu, pois o meu primeiro vencimento foi de 1.750$00. Estávamos no ano de 1968.
Como deve calcular estou bastante pesaroso com o que me aconteceu, especialmente pela estima e significado que o relógio tinha para mim, mas é assim a vida de hoje em dia.
Um abraço de amizade do Victor Reis


[a resposta de fco]
Caro Victor Reis
Agradeço a atenção em ter respondido por e-mail. Que pena o que lhe aconteceu. Se não tinha nenhuma outra indicação (houve declinações mack 1, 2, 3 e 4 do modelo) estaríamos perante a versão original, o que torna ainda a peça mais interessante, à parte o valor estimativo, claro. Li posteriormente no seu blogue que estava a par do 50º aniversário.
É sempre difícil, mas espero que possa ainda recuperá-lo Boas Festas e bom Ano. Abraço fco

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Comments:
Lamento o azar, Victor! Que corja!

Gostei especialmente de uma frase neste texto: "...peças que vindo daqui ou dali têm uma história para contar."

Penso que é isto que nos move...

Um braço,
Rui
 
Lamento o sucedido.
Especialmente pelo valor das lembranças que lhe estava agarrado.

(Não há seguro?)

E agora mais uma que se lhe cola, pelas piores razões.

Haja sorrisos. Que desses aqui sempre encontro.

Boas Festas para a Oficina,
Um beijo
 
Amigo Rui
Tens toda a razão... aliás sei que tens a mesma opinião sobre o tema das memórias. Espero que em 2008 possas levar contigo uma concha das praias da Caparica com a história de uma excelente degustação para o que já te tenho convidado tal como a tua esposa.
Bom Ano de 2008. Um abraço.
 
Querida Sant'Ana
É verdade que primeiro que tudo o sorriso, que nos anima e dá força para continuar. Claro não há seguro que pague a estimação mas também não há ladrão que consiga roubar as memórias.
Um bom Ano de 2008. Beijinhos.
 
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