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sábado, janeiro 12, 2008

inspiração

Não sou poeta inspirado, uma análise mais profunda aos escritos poemados que publico chegará a essa mesma conclusão, além de que muitas vezes utilizo as chamadas “rimas fáceis” o que nunca permitirá que digam de mim: “É um bom poeta!”.

Contudo, continuo a escrever, fruto de um impulso que não ouso contrariar.

Vem isto a propósito de um correio electrónico recebido recentemente de uma “velha” amiga e que me questiona sobre a “fonte de inspiração” de um concreto poema publicado na Oficina das Ideias em 2005.

“Inspiraste-te em alguém teu conhecido?”

“Foi uma simples palavra, ou nome, a fonte de inspiração?”

Não sei responder...

Quando escrevo, no momento exato de sobre o papel alinhar letras e palavras, dando-lhes alguma coerência, terá havido alguma inspiração cuja origem logo se perde no impulso de escrever. Depois o poema é escrito praticamente de seguida, de uma só vez. Costumo dizer tratar-se de “um improviso”.

Passado algum tempo, perdido o rasto da eventual original inspiração, publicado o poema, por vezes olvidado no canto de uma gaveta da memória, fico com a nítida sensação de que não terá sido escrito por mim. Chego a pensar “que belo poema”, sem imodéstia antes com a ideia de que não tenha sido eu a escrevê-lo.

Daí a minha dificuldade em responder à questão desta minha amiga.

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