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sexta-feira, janeiro 25, 2008

um livro para o mundo

Tenho um amigo que costuma dizer “uma fotografia nunca se deve deitar fora!”, mesmo que de conteúdo aparentemente sem interesse, algum dia provavelmente surgirá uma ocasião em que de simples imagem de reduzido conteúdo, passará é ser uma peça documental importante.

O mesmo acontece, na minha modesta opinião, com os livros, mesmo que estejam repetidos nas estantes onde os guardamos, e tantas vezes por variadas razões isso acontece, quer porque o seu conteúdo não nos agrada, quer mesmo por se desenquadrar das nossas ideologias políticas, sociais, de vida.

Se temos necessidade de dos desfazermos de uma quantidade importante de livros, porque não oferecê-los a uma biblioteca? por exemplo na Junta de Freguesia, ou a uma entidade de solidariedade social? Daremos, assim, continuidade a razão de existir de um livro: ser lido.

Existem sistemas e mecanismos, muitos do quais com o recurso às tecnologias emergentes, com a utilização dos quais poderemos transformar um livro de uma peça individual e individualista num bem comum sem limitações, sem fronteiras.

O “bookcrossing” é a prática de deixar um livro num local público, para ser encontrado e lido por outros, que continuarão esta corrente. O objectivo do “bookcrossing” é transformar o mundo inteiro numa biblioteca. Os membros desta comunidade de leitores virtuais (e que não conhece limites geográficos) possuem um sentimento de partilha tão grande que não se importam de libertar os seus próprios livros em locais públicos (tais como cafés, no metro e outros transportes públicos, paragens de autocarro, bancos de jardim e noutros sítios que a imaginação ditar), em vez de os manterem parados nas estantes para que o maior número de pessoas os possam ler, tornando desta forma o acesso à cultura e especificamente à leitura verdadeiramente universal. [in Wikipedia]

Também hoje isso aconteceu comigo. Um livro que por alguma razão estava em duplicado na minha pequena biblioteca iniciou a viagem pelo Mundo. Trata-se da peça de teatro de cariz humorístico “Computa, Computador Computa”, de Millôr Fernandes editado no Brasil em 1972 e que tem o “bilhete de viagem” número 992-582424 da Bookcrossing e uma pequena nota que diz:

Caro/a Amigo/a
Eu registei este livro no Bookcrossing e gostaria de saber a viagem que ele vai fazer pelo Mundo. Por favor vá a www......... para me dizer que o encontrou, depois leia-o e passe-o para outra pessoa.
Obrigado



Para saber mais sobre “bookcrossimg” ir a Bookcrossing Portugal.

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Comments:
Interessante este 'bookcrossing' de que já tinha ouvido falar.
Mas, e se alguma pessoa o vê como lixo e o atira para um contentor?
Não teríamos que fazer primeiro uma acção de sensibilização?
Porque nem todas as pessoas consideram o livro um amigo.
Não são todas como os 'homens do lixo'(de um lugar no norte do país),que todos os livros que iam encontrando, levavam (não sei se ainda levam)para um local onde iam criando a sua biblioteca(depois de os tratarem,por certo,da melhor maneira possível).
Este apontamento deve estar nos registos da TSF; foi lá que ouvi.
Alguém de Lisboa.
 
Querida "Alguém de Lisboa"
Tens razão nas tuas observações. Pela minha parte deixo os livros em locais que espero sejam apropriados para o efeito pretendido. Entretanto, no próprio livro, vai um escrito sobre este sistema de "bookcrossing".
Beijinhos.
 
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