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sexta-feira, fevereiro 22, 2008

das chuvas de Inverno, das inundações, cuida-se no Verão

Desde há muito que defendemos que a protecção e a prevenção contra os fogos florestais, que uma deriva governamental usou durante algum tempo designar por “ignição”, se realizam no Inverno.

De igual forma, é em época de estio que se cuida de proteger pessoas e bens contra as ameaças das inundações que a invernia sempre nos traz.

Além de um urbanismo inqualificável, chegando-se ao extremo de se permitir a construção de edifícios em corte com as linhas de água, é a falta de limpeza das valas de escoamento e do desentupimento das sarjetas e dos sumidouros, que muitas vezes só são feitos perante as críticas acções verificadas.

Ainda recentemente, um só dia de chuva intensa bastou para que voltassem as inundações em algumas zonas da Grande Lisboa com elevados prejuízos materiais e com o risco, inclusive, da perda de vidas humanas.

Não são os grandes aparatos mediáticos para apresentação da disponibilidade da protecção civil, os discursos de auto-elogio, plenos de triunfalismo da propaganda governamental que resolvem este melindroso problema.

É a actuação permanente e cuidada, é a criação de condições de protecção real das populações, é o cumprimento estrito da legislação de cariz ecológico e urbanista, que poderão evitar males provocados pela Natureza revoltada contra os crimes ecológicos hediondos que o ser humano continua a praticar.

Ainda muito recentemente contactei com uma situação da vida real que é exemplar de toda esta situação, envolvendo uma ribeira assoreada e uma mulher octogenária que á beira dela tem a sua habitação. A limpeza da ribeira da responsabilidade do poder central andou durante semanas a ser “empurrada” de gabinete para gabinete sem que o problema fosse resolvido.

Quase que por pressentimento a idosa apelou como lhe foi possível para a solução da situação. Felizmente foi ouvida pelos Serviços de Saneamento da Câmara Municipal de Almada que ultrapassando as suas responsabilidades e correndo mesmo o risco de ser penalizado por tal, procedeu ao desassoreamento da referida ribeira.

Quando dias depois fortes chuvadas fustigaram o nosso País a ribeira encheu mas não transvasou o seu leito não tendo afectado a casa da referida octogenária.

Mas atenção! É agora no Inverno o tempo de cuidar dos fogos florestais do próximo Verão.

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