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quarta-feira, fevereiro 27, 2008

josué de castro

No ano de 2005 publiquei na Oficina das Ideias a resposta a um inquérito, como tantos outros que por vezes funcionam ao estilo de “meme” [*], onde numa questão sobre que livros levaria para uma ilha deserta, indiquei entre outros:

Sete Palmos de Terra e um Caixão, de Josué de Castro, edição Seara Nova – Um ensaio sobre o nordeste do Brasil, uma área explosiva. O autor debruça-se sobre os problemas sociais e políticos de uma zona onde a fome impera. Muito antes dos recursos turísticos passarem a ser explorados o dia-a-dia do nordestino era partilhado com a seca e os problemas alimentares.

Curiosamente, muitos jovens brasileiros nordestinos não recordam este autor e a sua obra e muitas das referências às terríveis secas do Nordeste Brasileiro deixaram de fazer sentido, quiçá devido às alterações climatéricas.

Josué de Castro nasceu a 5 de Setembro de 1908, tendo falecido em 1973, médico pernambucano, o primeiro a tratar a questão da fome como uma ameaça à soberania nacional. O problema da fome, fome real, que passados mais de 30 anos sobre este diagnóstico, continua a ser uma realidade para muitos portugueses.

Josué de Castro foi um lutador não só contra a fome de alimentos, como igualmente contra a fome do conhecimento e da liberdade. Sua filha Ana Maria, socióloga de formação afirma “As novas gerações estão tendo a oportunidade de conhecer a lição de um brasileiro que nasceu pobre e começou a denunciar com ênfase o fenómeno da fome, que não é natural, mas uma criação do homens”.
[*] replicadores de comportamentos

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