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domingo, março 23, 2008

uma páscoa muito especial

O dia de Páscoa festeja-se no primeiro Domingo depois da Lua Cheia que ocorre no ou após o equinócio da Primavera Boreal que este ano foi no dia 20 de Março, pelas cinco horas e quarenta e oito minutos. No ano corrente a Lua Cheia considerada teve lugar a 21 de Março, com os cem por cento do disco luminoso às dezoito horas e quarenta minutos.

Este ano a Páscoa acontece mais cedo do que qualquer um de nós irá ver alguma vez na sua vida! E só os mais velhos da nossa população viram alguma vez uma Páscoa tão temporã (mais velhos do que 95 anos!).

A próxima vez que a Páscoa vai ser tão cedo como este ano (23 de Março) será no ano 2228 (daqui a 220 anos). A última vez que a Páscoa foi assim cedo foi em 1913.

Na próxima vez que a Páscoa for um dia mais cedo, 22 de Março, será no ano 2285 (daqui a 277 anos). A última vez que foi em 22 de Março foi em 1818. Por isso, ninguém que esteja vivo hoje, viu ou irá ver uma Páscoa mais cedo do que a deste ano.


Tempo de Páscoa é na liturgia cristã e de muitos outros credos religiosos, actuais e de tempos passados, a ressurreição, o nascimento, a nova vida, um começar de novo. Algo que é cíclico na vida das gentes de todas as regiões do Mundo, em todos os tempos.

A Páscoa é simbolizada pelo ovo que em si contém todas as noções de um recomeço, a partir “sabe-se lá de onde”. O que nasceu primeiro? O ovo ou a galinha? Questão filosófica que se encontra arreigada no imaginário popular.

É tradição oferecer ovos na China. Há muitos séculos atrás os orientais embrulhavam os ovos em casca de cebola e cozinhavam-nos juntamente com beterraba. A cor dada pela beterraba entrava pelos interstícios das cascas de cebola criando desenhos suaves e estranhos. Os ovos eram oferecidos como presente na Festa da Primavera.

Este costume chegou ao Egipto. Tal como faziam os chineses, também os egípcios passaram a oferecer ovos no início da nova estação, no início da Primavera, onde começava um novo ciclo de vida.

Entretanto, os egípcios davam grande simbolismo aos animais, especialmente aos que viviam em comunhão nas suas casas, donde associavam o coelho ao símbolo da fertilidade. No antigo Egipto, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. O mais importante é que a origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertilidade que os coelhos possuem. E a Páscoa é reprodução, ressurreição, vida nova.

Após a morte de Jesus Cristo, aquando da expansão do Cristianismo, deu-se a absorção natural dos usos e costumes populares, donde os cristãos passaram a consagrar esse hábito como lembrança da ressurreição e no século XVIII a Igreja adoptou-o oficialmente, como símbolo da Páscoa.

A evolução dos tempos, a “mão dura” da Igreja Católica que proibia, durante a Quaresma, a alimentação que incluísse ovos, carne e derivados de leite, o início do desenvolvimento da indústria de chocolate, por volta de 1828 e o avanço do mercantilismo explicam, no seu conjunto, a substituição de ovos naturais pelos de chocolate.

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Comments:
Curioso!!!! Recebi um mail com parte desta explicação!!!
Agora reencontro-a!!!!
Brigados!!!!
bjkas!!
 
Querida AvelaneiraFlorida
São, realmente, curiosidades que sempre circulam pelos mails. Vantagem desta forma de comunicação tão dinâmica.
Beijinhos.
 
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