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domingo, outubro 12, 2008

conchas do mar azul

Tantas vezes já percorri o areal desta praia tão bela e sempre encontro diferentes conchas de bivalves que o mar, maré depois de maré, teima em vir ofertar a quem dele se abeira, caminhando naquela franja em que a espuma remata o contacto com o doirado, bordando imagens de rara beleza.

É no tempo da viragem da maré que as ofertas são em maior número, também as maiores pois o mar arrasta-as com a sua energia e logo recua de mansinho deixando-as depositadas na doirada areia. Quando as ondas já são mais fortes é a altura de enrolar a bela toalha onde as conchas foram expostas e guardá-la nas profundezas das águas, onde a claridade do sol já tem dificuldade em chegar.

Mas na maré seguinte o ciclo se repete. Até que a curiosidade do menino ou o gosto estético do mais idoso aceite esta dádiva para alegria do mar eternamente azul que em tons de verde e de lilás festeja este feliz momento. Ao ouvido mais atento chega aquele doce murmurar das cristalinas águas que tanto haviam caminhado para se doirarem no areal.

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