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quinta-feira, janeiro 15, 2009

o frevo ao virar da esquina

O Brasil mais do que um País, mais do que um Continente, é um Mundo. A sua extensão geográfica, a multiracialidade das suas gentes, a diversidade climática e, muito em especial, a sua abrangência cultural fazem do Brasil um mais único, um autêntico repositório de sentires e de saberes.

Não espanta pois a existência de um amplo leque de estilos de música tradicional, com as mais diversas influências com grande relevância para os sentires africanos, esses também de uma grande riqueza.

Não são estranhas ao nosso ouvido designações e sonoridades tal como as do internacionalizado samba, do forró, do axê, da música sertaneja. Há, contudo, um estilo que provoca em mim uma vibração muito especial. É o pernambucano FREVO. Estilo único somente vivido no Estado de Pernambuco, com relevo para o Carnaval Recifense.

O FREVO que pela manhã, quando as gentes e os “passistas” descem à rua, é lento e dengoso vai “aquecendo” com lento escorrer do tempo, tornando-se frenético e muito vivo, já nas proximidades do ritmo dos maracatus. Os guarda-chuvas coloridos não param de se agitar na execução de coreografias individuais, singularizadas pelo por ágil movimento de pernas que se dobram e estiram freneticamente.

A sombrinha usada pelos pernambucanos durante o frevo, era usada pelos escravos, que utilizavam bengalas de madeira, para atacarem e se defenderem das provocações a que eram sujeitos. As pernadas, o giro, a tesoura e outros movimentos usados na capoeira, são-no aqui em ritmo acelerado.

No jantar de uma destas noites no restaurante Sabor Mineiro fui surpreendido pelo meu amigo e cantor sertanejo Tau Brasil quando em certo momento disse:

_Sô Vitô! Esta música é para si... é um frevo recifense!

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