quarta-feira, janeiro 07, 2009
o silêncio do frio
Nada do que a seguir irei escrever parece fazer sentido, nem tão pouco tem fundamento científico, nem mesmo do saber da vida. Contudo, o cérebro parece que “empurra” a mão para que com a caneta, logo depois, com o teclado do computador desenhe as letras do texto.
A madrugada está silenciosa como há muito a não sentia. É o silêncio do frio. É o silêncio do branco.
O branco, na realidade, não deveria ser silencioso, pelo menos com tamanha profundidade como hoje aparenta, pois sendo o resultado da fusão de todas as cores, também o seu equivalente sonoro deveria sê-lo em relação à totalidade das notas musicais. O branco não deveria ser este profundo silêncio.
Nesta madrugada é isto que sinto: Silêncio, profundo silêncio. O movimento de automóveis na direcção da cidade é já intenso, mas o ruído dos rodados no asfalto não se faz ouvir.
O mar bate forte no rebentar das ondas agora que a maré está cheia, mas o tremendo bru-á-á que se deveria ouvir, som quantas vezes aterrador, não consegue ultrapassar o topo da fóssil arriba.
As avezitas que esvoaçam ao alvorecer, agitadas aos primeiros tempos da manhã, e que usam colorir os ares com os seus trinados, estão em silêncio. Nem o próprio ar que circula das terras do extremo norte, cortante como lâminas afiadas, provoca qualquer ruído.
É o silêncio do branco.
É o silêncio do frio.
A madrugada está silenciosa como há muito a não sentia. É o silêncio do frio. É o silêncio do branco.
O branco, na realidade, não deveria ser silencioso, pelo menos com tamanha profundidade como hoje aparenta, pois sendo o resultado da fusão de todas as cores, também o seu equivalente sonoro deveria sê-lo em relação à totalidade das notas musicais. O branco não deveria ser este profundo silêncio.
Nesta madrugada é isto que sinto: Silêncio, profundo silêncio. O movimento de automóveis na direcção da cidade é já intenso, mas o ruído dos rodados no asfalto não se faz ouvir.
O mar bate forte no rebentar das ondas agora que a maré está cheia, mas o tremendo bru-á-á que se deveria ouvir, som quantas vezes aterrador, não consegue ultrapassar o topo da fóssil arriba.
As avezitas que esvoaçam ao alvorecer, agitadas aos primeiros tempos da manhã, e que usam colorir os ares com os seus trinados, estão em silêncio. Nem o próprio ar que circula das terras do extremo norte, cortante como lâminas afiadas, provoca qualquer ruído.
É o silêncio do branco.
É o silêncio do frio.
Etiquetas: pequenas estórias