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terça-feira, fevereiro 03, 2009

o tempo de saber

Nas veredas da vida sempre encontramos cruzamentos, uns que obrigam à tomada de decisões, quantas vezes difíceis de assumir por delas fazermos depender a continuidade do caminhar, outras que proporcionam encontros ímpares, não pelo acaso ou coincidência [factos que estão sempre afastados do meu pensar], antes na convergência de sentires, pela procura da harmonia entre as gentes.

Há algum tempo, por interferência que não fortuita, mas que teria de acontecer por imperativos do caminhar a vida, amigos muito chegados, que na paleta do arco-íris têm a cor do jacarandá, deu-se o encontro, aprofundou-se uma amizade.

Brasileira de nascimento com a lusofonia no coração e na alma, cedo deixou claro, na transparência do seu ser, não só o profundo amor pelas lusas coisas como, muito em especial, o conhecimento feito saber dos sítios e das gentes desta ocidental faixa da Ibéria.

No significado duplo, imediato e velado, que os números e letras encerram, por maioria de razão as palavras, os nomes, haveria que existir e um dia ser clarificado, quando o tempo de tal chegasse, os fundamentos profundos deste enorme apego às coisas lusitanas.

No caminho de uma leitura, mais um cruzamento que não foi possível evitar, do magnífico livro “Quinta da Regaleira...”, de Vítor Manuel Adrião, [76], editado pela Occidentalis, a ténue cortina afastou-se com a brisa vinda do mar do Grande Areal quando as palavras nos ensinara:

Cyntia, a senhora Soberana desta Montanha (Monte da Lua, Serra de Sintra) que lhe leva o nome, a qual era, segundo a Tradição, o cerne do culto matriacal das sacerdotisas atlantes daqui”.

O tempo de esclarecer e de saber havia chegado. Cumpriu-se o acordado na neblina dos tempos...

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