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domingo, março 22, 2009

ameno entardecer

O entardecer ameno contraria o que os meteorologistas haviam previsto para o final do dia de hoje, um agravamento súbito das condições atmosféricas, posibilidade até de trovoadas pois as núvens deslizariam agrestes umas sobre as outras provocando no atrito criação de campos carregados de electricidade.

Os insectos aproximaram-se do solo com o pôr-do-sol o que deu origem aos voos razantes das andorinhas, já chegadas em quantidade significativa e que andam nos afazeres da preparação dos ninhos para tempos de maternidade que se aproximam.

Os melros elevam nos ares os seus cânticos de fim de tarde, estes melros de Valle do Rosal cantam como nenhuns outros, são os forasteiros que assim o dizem, enquanto a hora do recolher não chega, altura de com profundos “gritos” cantados combinarem o regresso aos ninhos, daqui até às faldas da Arrábida, pelo menos.

Vivem-se tempos primaveris, o renascer da esperança, o optimismo de que as sementeiras sejam fartas em cereais e que os pomares se cubram de coloridos frutos, sabores e aromas que já se sentem nas flores que cobrem as árvores.

Os jasmineiros estão vestidos de alvas flores e emanam doces odores que chegam a uma milha em redor, mas pela janela do meu sótão entram também os cheirinhos das milhentas rosinhas amarelas e das magnólias que a cada pétala que perdem uma verde e vivaz folha desponta.

Caminho veredas olhando o disco real que para os lados do mar procura refúgio para mais uma noite em que por certo aproveitará para visitar amizades de terras do sul, não perde o brilho mas toma tonalidades de fogo, logo mais vestir-se-á de azul e de lilás.

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Comments:
Até me senti neste entardecer.
A serenidade que a natureza nos proporciona é assim, grandiosa....
 
Querida Leonor
É bom saber que te agradou este entardecer...
Beijinhos.
 
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