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quarta-feira, maio 20, 2009

comentários na ribalta

Diversos comentários são feitos que trazem muito enriquecimento aos nossos textos originais. Sentimos, então, ser uma injustiça não os trazer até à ribalta da Oficina das Ideias para que um maior número dos nossos leitores tenha deles conhecimento. É também uma forma que temos de reconhecer e agradecer esses mesmos comentários.

A nossa querida amiga Milu, do Miluzinha – Blog, deixou-nos estas pérolas que convosco partilhamos:


Sobre o “silêncio”

Como eu gosto do silêncio! É como se tudo deixasse de existir, o bom, é certo, mas também deixaria de existir o mau! No silêncio mais profundo, interrompido ao longe por um fraco latido de um solitário cão, ou mesmo o súbito cantar de um galo na madrugada, são sensações que me atiram docemente para as recordações da minha infância, na aldeia natal dos meus pais, que ainda hoje exerce um estranho fascínio sobre a minha sensibilidade, ou melhor, sobre minha capacidade de sentir deleite nas coisas mais simples da vida.

Sobre o “sentir-se livre”

Cada um de nós bem sabe o que lhe vai lá dentro! Quem teve bem cedo de encarar a vida cara a cara, não gosta de "arreios"! Bem bastam os que bastam, ou seja, aqueles que temos de usar para ganhar a vida, ainda que por vezes, nos apeteça sacudi-los! Afora isso nada de grilhões, mas a vida, por vezes prega-nos partidas, ainda assim, viver é maravilhoso!

Sobre o “pão por Deus”

Nos meus tempos de meninice, o dia 1 de Novembro, dia de todos os Santos, para mim, nessa altura, dia do pão por Deus, era um acontecimento importante na minha vida. Era o dia em que chegava a casa com uma saca de pano cheiinha de tudo quanto eu não tinha nos outros dias do ano! Bolos, merendeiras, rebuçados, chocolates, nozes, figos secos, chupas, enfim, tudo aquilo que perfaz o delírio de uma criança que pouco tinha! E dinheiro! Claro! Dinheiro, com o qual comprava depois ainda mais guloseimas! Além de tudo isto, havia a camaradagem, o grupo que se unia com o mesmo fim. Encher a saca o mais que fosse possível! Lá íamos proferindo rua fora e em uníssono: "Ó tia dá bolinho?" E se alguém má cara fazia, retorquíamos: "Se não leva com uma cavaca no focinho!" Parece mal, mas fazia-me rir!... Criança é mesmo assim - irreverente...”

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Comments:
Olá Vicktor,

vim fazer a minha visita e deparei-me com este post! Fiquei muito sensibilizada! Gosto muito de escrever, mas gosto ainda mais de saber que existem pessoas que se interessam pelo que escrevo! Gostaria de saber exprimir, por palavras bonitas e precisas o que sinto neste momento, mas disso não sou capaz, só sei que fiquei feliz!
Muito obrigada e um beijinho.
Milu
 
Querida Milu

É de pleno merecimento... quem agradece é a Oficina das Ideias e os seus assíduos leitores por deixares comentários tão bonitos.

Beijinhos.
 
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