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segunda-feira, maio 04, 2009

junto ventos

espaço de poetar
Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras, dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas encontrar o encantamento das coisas simples e das vivências de um ancião




Como o menino da história
Gostava de capturar o vento
Guardá-lo em frasco de vidro
Bem rolhado, junto ao peito...

Guardar o suão doirado
Que em tempo de remoinhos
Das terras do Sul é soprado
Solto em voo de estorninhos

Guardar a brisa do mar
Com salpicos de água pura
Que as ondas vem espraiar
Maré vazia, doçura

Guardar o odor dos pinheiros
No pôr-do-sol, no devir
O cheiro dos jasmineiros
Da terra prenhe o sentir

Abro o frasco lentamente
Junto ventos,
brisas,
aragens
A magia dos odores
Os estranhos sabores do deserto
O enleio do mar tão nosso
A esperança do pôr-do-sol

Chegam moiras encantadas
Ninfas de duas margens
Tágides do rio mais belo
Musas dos vates poetas
Que dançam, dançam de roda.

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Comments:
Continua, que este versejar sabe muito bem ...
 
Querida MagyMay
Obrigado pelas tuas palavras. Não sou poeta, limito-me a colocar as palavras em carreirinha para ver se elas encontram algum sentido. E nós também.
Beijinhos.
 
sabes que conservo ainda gravadas no pensamento as imagens do menino da história? é tão bom sonhar...
bjs
 
Querida Lilás

Também concordo com o maravilhamento de sonhar...
Voar mares e montanhas levado pela brisa do pôr-do-sol e comigo transportar a leveza do ser amado.

Beijinhos.
 
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