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quarta-feira, maio 13, 2009

minhas mãos

espaço de poetar
Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras, dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas encontrar o encantamento das coisas simples e das vivências de um ancião





Olhei as mãos como há muito o não fazia
Tempo marcado nas rugas, muita tremura
Do sentir que na memória ainda perdura
Serem expressão da caminhada de magia.

Mãos que falaram mil vezes em ternura
Numa carícia o corpo de mulher a harmonia
Cumplicidade vivida como se escreve poesia
Na rima no sentido do querer uma procura

Mãos carentes em dádiva total de amor sentido
Em carícia tão leve como o toque duma flor
Francas no afago ao rosto suave do ente querido

São agora ásperas secas e baças sem esplendor
Perderam há muito a agilidade o viço atrevido
São hoje a memória de um beijo inspirador.

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Comments:
As mãos têm sempre esplendor...são portas, são janelas, são viagens
 
Original maneira de ver as mãos! e tantas memórias que elas têm...
Bjs
 
Querida MagyMay
As mãos e os olhos são as partes mais expressivas do ser humano...
São por isso aquelas que mais espelhama alegria... e também o sofrimento.
Beijinhos.
 
Querida Lilás
Têm sim... memórias que são sentires que nos confortam, pois temos a capacidade de "esquecer" os maus momentos...
É das melhores comunhões entre o homem e a mulher "dar as mãos", quantas vezes em pensamento, quando não em sonho mesmo...
Beijinhos.
 
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