Partilhar
sexta-feira, maio 08, 2009

muito só e a multidão

espaço de poetar
Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras, dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas encontrar o encantamento das coisas simples e das vivências de um ancião




Multidão
Gente que passa
Apressada
Agitada
Escada rolante
Duas sobem
Uma desce
Sem destino
Sem parar
Movimento
Em espiral.

Solidão
Estático e ausente
Espera
Melancolia
O movimento é cortina
Que encobre
O pensamento
O sentir
Desespero
Da espera
Ausência.

Desencontro?
Afastamento?
Dúvida presente
No caminho
Da vida
Desmente
Depois da bonança
A tempestade
Depois da vida
A morte
Inexistente.

Um dia
No navegar
Mar adentro
O velho Marinheiro
Enfrentou
A tempestade
A borrasca
O mar
Foi seu amigo
Sobreviveu
“Meu Marinheiro!”

A mais bela
Ninfa do Tejo
Deu-lhe a mão e sorriu
“Meu querido!”
O tempo fugiu
O mar recuou
Veio a bonança
Tranquilidade
Bonança
Bem estar
Bem querer
Luminosidade

Mas no refluxo
Do tempo
E da vida
A mais bela Ninfa
Pertença do Rio
Se afastou
Mergulhou
Nas profundas
Águas do sentir
Deixou imagem
De luz e de cor

Ali se queda solitário
Com tanta luz
Tanta cor
Tanta gente
Multidão
Na procura
Da imagem
Da bela Ninfa do Tejo
Duas sobem
Uma desce
Onde estás? Minha querida...

Etiquetas:


Comments:
Vou dar uma ajuda...
- Ninfa do Tejo, volta pró marinheiro, voltaaaaaaaa
Ela vai voltar, descansa marinheiro
bjs
 
Pois, as Ninfas(e os Ninfos...) são assim...sobe..desce...
encontros..desencontros... areia entre os dedos...Sol na mão

Where are you my Romeo?...já exclamava a Julieta

Beijinhos e Boa Semana, Victor
 
Querida Lilás
O marinheiro fica a contemplar as carícias do mar na areia na certeza de que a ninfa voltará à sétima onda.
Beijinho.
 
Querida MagyMay
É verdade... a história e as estórias se repetem... mas sabes? um dia também o marinheiro partirá...
beijinhos.
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?