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quarta-feira, junho 17, 2009

chove em valle do rosal

espaço de poetar
Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras, dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas encontrar o encantamento das coisas simples e das vivências de um ancião




Este intenso cheiro da terra
Odores que são memórias
Vêm das profundezas da alma
Segredos que o tempo encerra
Outras gentes, outras estórias
Telúricas forças, logo a calma.


Leva-me o pensamento
Aos tempos idos, criança
Da terra, vem o alimento
Nosso pão era a herança.

De minhas memórias retenho
Tempos de penúria, labuta
Agora que sei ao que venho
A solidariedade é a luta.

Vêm das entranhas da terra
Estas forças desmedidas
Não à morte, não à guerra
Saber o valor das vidas.

Nesta luta sem quartel
Do escultor que a pedra talha
Estão na força do cinzel
Segredos de quem trabalha.

São forças imaginadas
Que a magia a terra dá
As estórias que são contadas
Na sombra do jacarandá.

Hoje chove em Valle Rosal
Telúricas forças que arrastam
São mantos de lilás floral
Que com o doirado contrastam.


Terra
Memórias
Vêm
Segredos
Estórias
Telúricas

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