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sexta-feira, junho 12, 2009

embriaguez

espaço de poetar
Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras, dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas encontrar o encantamento das coisas simples e das vivências de um ancião




Já há muito os vapores do álcool
Invadiram minha mente.

O corpo pende sobre a mesa.

Os olhos fixam o infinito
Procuram lá longe onde o pensamento alcança
Aquela réstia cor de esperança
Aquele ser sem igual
Aquela sonhada menina
Corpo de mulher.

Mulher de gestos meigos
De falar onde a ternura comunica o íntimo sentir.

O sol radiosa luz de cor sem par
Desliza docemente por meu rosto
Marcado do sofrer
Do muito querer
Da vaga ilusão do amor.

Na luta contra si próprio
Contra o mundo
Que é preconceito
O amor é vencido
Vencido temporariamente
Porque no tempo, no provir
O muito querer que é por vezes solidão
Fortalece o íntimo do meu ser
Sentimentos, querer de total entrega.

Sonho...
... a doce menina
Que em meus braços sente terno enleio
Bater compassado de corações
Que o mesmo dizem
Que tudo transmitem
Do muito sentir
Será um dia... (quando?)
Quando for!
A meiga companheira.

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Comments:
Sonha ...Sonha...
Eu aqui leio-te e sonho também...
Vês como é bom sonhar, até se faz uma cadeia de sonho lindo!
 
Poeta!!! que poeta!!!
Este é para a 1ªpágina do livro será?
Bjs
 
Logo de início tive de me rir. Na minha imaginação formou-se a imagem de alguém sentado à mesa na qual lhe foi servida a solitária refeição, mas ainda assim, bem acompanhado, por uma prometedora garrafa de um bom vinho e pelos pensamentos que se perdiam em devaneios arrojados! Quem é que nunca viveu uma cena semelhante? Depois, ao continuar a ler, percebe-se ali muitos sonhos de ternura!
 
MagyMay
É bom navegar no sonho...
Beijo.
 
Lilás
Poeta? O que é um poeta? O que é a poesia?
Haverá merecimento?
Mas... as tuas palavras são um conforto. Obrigado.
Bjs.
 
Milu
É mesmo a vida que é assim... ora toldada pelos vapores do alcóol, ora transparente em momentos de lucidez... mas nunca é fácil
"Mesmo nos momentos mais revolucionários é importante não perder a afectividade" (Che).
Beijo.
 
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