segunda-feira, julho 20, 2009
as rolas turcas
São minhas companheiras todas as madrugadas, quando na caminhada diária de passeio da minha cadelinha percorro pouco mais de um quilómetro pelas ruas e veredas de Valle do Rosal. Estou a falar das rolas, rolas turcas como lhes chamam por cá, por ser a partir da Turquia que iniciaram há anos a migração para terras de Portugal, particularmente para esta zona da Caparica, desde a orla marítima até aos arvoredos da Mata dos Medos.
Embora nos primeiros tempos seguissem os caminhos normais das migrações de aves, com a vinda para cá e o regresso aos lugares de origem meses mais tarde, estou em crer que tal como acontece com o ser humano quando se sente bem numa terra de acolhimento, também as rolas, as rolas turcas, acabaram por se fixar definitivamente.
Relativamente às rolas autóctones, são de maior dimensão e distinguem-se, especialmente, pelo arrolhar muito característico, muito mais forte e musical, com fortes requebros que dão musicalidade ao ambiente quando iniciam o seu voo.
São aves bastante afoitas no relacionamento com o ser humano, voando normalmente em casais, em voo alegre embora sublinhado com um cantar algo nostálgico, a recordar quão longe estão da sua terra de origem.
A cada ano que passa, procriando num ambiente natural que lhes é propício, as rolas turcas aumentam a dimensão da sua colónia, poisando nos fios de transporte de electricidade e no alto dos pinheiros bravos dando um novo encantamento aos locais que elegeram para viver.
Ainda hoje, a meio da tarde, quando o calor se fazia sentir em toda a sua intensidade, vinda sei lá de onde algumas rolas turcas se acolheram à sombra de um pinheiro aqui nascido há mais de 20 anos, hoje adulto e protector de muitas aves.
E lá cantaram uma canção arrastada, nostálgica mas de enorme musicalidade...
Embora nos primeiros tempos seguissem os caminhos normais das migrações de aves, com a vinda para cá e o regresso aos lugares de origem meses mais tarde, estou em crer que tal como acontece com o ser humano quando se sente bem numa terra de acolhimento, também as rolas, as rolas turcas, acabaram por se fixar definitivamente.
Relativamente às rolas autóctones, são de maior dimensão e distinguem-se, especialmente, pelo arrolhar muito característico, muito mais forte e musical, com fortes requebros que dão musicalidade ao ambiente quando iniciam o seu voo.
São aves bastante afoitas no relacionamento com o ser humano, voando normalmente em casais, em voo alegre embora sublinhado com um cantar algo nostálgico, a recordar quão longe estão da sua terra de origem.
A cada ano que passa, procriando num ambiente natural que lhes é propício, as rolas turcas aumentam a dimensão da sua colónia, poisando nos fios de transporte de electricidade e no alto dos pinheiros bravos dando um novo encantamento aos locais que elegeram para viver.
Ainda hoje, a meio da tarde, quando o calor se fazia sentir em toda a sua intensidade, vinda sei lá de onde algumas rolas turcas se acolheram à sombra de um pinheiro aqui nascido há mais de 20 anos, hoje adulto e protector de muitas aves.
E lá cantaram uma canção arrastada, nostálgica mas de enorme musicalidade...
Etiquetas: rolas turcas, valle rosal
Comments:
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Adorei o post! Apesar de não conhecer o local,mas foi narrado com tanta precisão, verdade revestida em poesia. Parabéns!
Abraços
Abraços
...as rolas turcas sobem nos arvoedos? aqui temos muitas rolinhas, são pássaros miudinhos e lindos, tem um canto bonito também. A nostalgia que pensa sentir provavelmente está mais em ti do que no canto delas.
Vale do Rosal, o nome também tem poesia.
Abraços
Vale do Rosal, o nome também tem poesia.
Abraços
Querida Stella
Obrigado pelas tuas bonitas palavras de afecto.
Perco-me a observar estas rolas que aqui voam em meu redor.
Beijinho.
Obrigado pelas tuas bonitas palavras de afecto.
Perco-me a observar estas rolas que aqui voam em meu redor.
Beijinho.
Querida Lis
Sobem bem alto nos arvoredos, mas são aves de excelente porte, muito semelhante ao dos pombos.
É mesmo... o Valle do Rosal é um poema completo. Também a origem do seu nome... que vou contar um dia destes.
Beijinho.
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Sobem bem alto nos arvoredos, mas são aves de excelente porte, muito semelhante ao dos pombos.
É mesmo... o Valle do Rosal é um poema completo. Também a origem do seu nome... que vou contar um dia destes.
Beijinho.
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