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quinta-feira, agosto 20, 2009

junto ventos

Como o menino da história
Gostava de capturar o vento
Guardá-lo em frasco de vidro
Bem rolhado, junto ao peito...

Guardar o suão doirado
Que em tempo de remoinhos
Das terras do Sul é soprado
Solto em voo de estorninhos

Guardar a brisa do mar
Com salpicos de água pura
Que as ondas vem espraiar
Maré vazia, doçura

Guardar o odor dos pinheiros
No pôr-do-sol, no devir
O cheiro dos jasmineiros
Da terra prenhe o sentir

Abro o frasco lentamente
Junto ventos,
brisas,
aragens
A magia dos odores
Os estranhos sabores do deserto
O enleio do mar tão nosso
A esperança do pôr-do-sol

Chegam moiras encantadas
Ninfas de duas margens
Tágides do rio mais belo
Musas dos vates poetas
Que dançam, dançam de roda.

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Comments:
Juntando ventos fazes esta rosa tão especial. Um bonito poema que me trouxe tantas e tão boas recordações. Este frasco é especial.Guarda sonhos, esperança, aromas sublimes para as moiras encantadas.

Beijinhos

Bem-hajas!
 
Abrir o frasco lentamente ...e juntar ventos, brisas., por do sol. Pura poesia, amigo!
Estamos nos inebriando dela a cada poema, cada passagem sua. Isso é muito especial .
Obrigada pelas palavras de afeto, pela inspiraçao poética que me tem presenteado também nos seus comentários no flor de lis.Me enchem de alegria.
Boa noite, é madrugada na sua terra,durma bem Abraços
 
Um tão doce poema!
 
Querida Isamar

A estória de "juntar ventos" faz parte do meu imaginário...

Como daí surge o poema nem eu próprio sei explicar... tanta coisa para a qual explicação não encontro.

Beijinhos.
 
Querida Lis

As tuas palavras são alento para continuar.

Os meus comentários, simples comentários, são merecidos pelas belas partilhas que connosco fazes.

Um beijinho.
 
Querida Paula

Que bom sentires tal doçura... objectivo principal de quem escreve não com saberes mas com afectos.

Beijinho.
 
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