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terça-feira, agosto 18, 2009

momentos inesperados

O homem totalmente vestido de branco, calças e camisa de manga curta, percorreu o areal em passos lentos mas determinados dirigindo-se à beira-mar onde as ondas espraiavam suavemente na doirada areia. Visto de costas a mancha branca parecia ainda maior pois o longo cabelo, algo desgrenhado, era igualmente imaculado.

Sentou-se na areia onde a espuma do mar parava naquele vai e vem de maré vaza. Nem a sétima onda se atrevia a chegar mais acima. Ali ficou longo tempo admirando a ondulação e o mar amplo até à linha do horizonte onde envolta em neblina densa se desenhava a silhueta do Monte da Lua.

Um turbilhão de pensamento provocava forte agitação no homem que há pouco ali se sentara: “...Sintonia, bem-querer, saudade de alguém ou memória como quisermos chamar, a verdade é uma só: um simples toque, o ruído de uma voz e a felicidade. De amizade, de amores ou somente coincidência... acredito em pensar forte, desejar.”

Sabia que iria encontrar resposta às suas interrogações lá longe onde a sua vista alcançava, ele que tantas vezes percorrera veredas pisadas por Lord Byron na mágica Serra de Sintra e que agora a neblina encobria. Na consolidação: “Que a amizade se consolide, que o amor nasça com a força dos quereres e dos sentires de ambos. Afinal o que seria de nós se na vida não houvesse o amar e o ser amado.

O mar, o seu mar, o mar dos amantes que se querem é cúmplice: “Uma história de amizade que talvez venha ou não a ser uma história de amor. Ter saudade e memória de alguém.

Uma bonita estória que aqui narro como me a contaram pessoas atentas aos sentimentos mais sublimes que podem envolver os seres humanos “...uma bonita história, estes momentos podem ser inesperados e podemos mesmo não perceber o seu sentido imediato mas são os que sabem melhor porque são autênticos



[Agradeço o afecto dos comentários das queridas amigas Lis, Isamar, Elvira e Sara que estiveram na base da inspiração deste texto]

Comments:
Amigo Vicktor, se alguém tem muito a agradecer sou eu que tive o privilégio de encontrar um homem, um amigo que me encantou. Defensor acérrimo da liberdade, de uma sociedade mais justa e harmoniosa, um revolucionário com um coração grande onde há lugar para o afecto apesar da intransigência no que aos direitos dos homens concerne. Alguém muito parecido comigo e que gosta do mar como eu.

Que este homem de branco vestido,assaltado por um turbilhão de sentimentos,bons com toda a certeza, continue a descer à praia, a olhar o mar, o Monte da lua, as flores, os cata-ventos e no-los vá descrevendo e fotografando como tão bem sabe fazê-lo.

Beijinhos

Bem-hajas!
 
e tenho imensa pena daqueles(as) que não conseguem manter uma amizade e colher dela o melhor que a vida poderá ter..."momentos inesperados" e tu deixa-me que te diga és "mimado, muito mimado" e se o és é porque dás igualmente daí receberes tanto.

A tua escrita simples enche-me a alma.

Um abraço a todos e que saibam "sem medos e vergonhas" abraçar e beijar os amigos:)
 
Querida Isabel

É nesta permuta permanente de valores e de afectos que está o verdadeiro interesse da blogosfera...

As tuas palavras deixam-me em silêncio... esforço-me por ser isso tudo que dizes, mas estou muito longe de o conseguir, podes crer...

Mas conrinuo a lutar... sem dúvida!

Um beijinho.
 
Querida Fatyly

Mais do que a minha escrita, mais do que o meu modesto saber... tem sido o desejo de partilha e a contribuição de quem me lè, aqui e nos seus próprios blogues, especialmente, que tem dado corpo a Oficina.

Obrigado, mesmo.

Beijinhos.
 
Ah, que linda homenagem presta aos amigos que na verdade só são assíduos naquilo que lhes preenche o coração de afetos e sabedoria , de honradez e paciencia.Mesmo distante, do outro lado do mar, sei que encontrei um amigo das palavras, da poesia e de um turbilhao de sentimentos, tais como os que tenho aqui. Estou sempre a admirá-lo e é um deleite le-lo,parece ouvi-lo, por perto.
Que as amizades daqui se transformem em trocas diárias de afetos e bem querer.
Voltarei,sempre. Abraços
 
Sinto-me honrada de me considerar amiga. Se somos assíduas é porque o Vicktor pelas suas palavras conquistou um lugar de preferências nos nossos corações. Eu nem sou tão assídua assim. Mas venho quando posso. Porque me agrada a sua postura, o que escreve e sobretudo as suas fotos...
Um abraço
 
Querida Lis

Este amplo e belo oceano existe para unir os afectos entre gente que se quer bem. Sinto-me honrado pela tua amizade que se vai sedimentando e que tão inspiradora é.

A tua amizade e as tuas palavras são incentivos a continuar a melhorar o que por cá vamos fazendo... no desejo grande de continuar a agradar.

Beijinhos.
 
Querida Elvira

A amizade sempre se constrói com palavras e atitudes... e é bom sabermos utilizar as tecnologias emergentes ao serviçi dos afectos e do bem.

Também eu estou muito grato pelas tua presença (quando te é possível, pois claro!) mas sempre muito prazenteira.

Beijinhos.
 
Amigo Viktor, ao deparar-me com este post não pude deixar de sorrir.

nunca imaginaria poder vir a ser contemplada com tamanha ternura.

Mas a amizade tem destas coisas e a blogosfera permite-nos isso mesmo. Conhecer pessoas e sentimentos que de outra forma poderia ser impossível.

Mesmo à distância de um clic sente-se a amizade. Obrigado por isso. Bjs
 
Querida Sara

Na minha opinião somente assim a blogosfera faz sentido... penso isso desde a primeira hora que por aqui cheguei...

Infelizmente, é usada com muitos objectivos, alguns bem duvidosos... outros que levam à continuação na blogsfera do que se passa na vida real: uma concorrência desenfreada...

Beijinhos.
 
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