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segunda-feira, setembro 14, 2009

perdido no tempo (*)

espaço de poetar
Não sou poeta inspirado nem sequer sei construir rimas de espantar. Juntando algumas palavras, dando-lhe sentido e afecto, procuro nelas encontrar o encantamento das coisas simples e das vivências de um ancião



O homem olhou em seu redor
Não reconheceu o sítio a gente
Perdido nos pensamentos na dor
Insano sentir memória demente
Vasculhou o baú de palavras vazio
Conteúdo peganhento e balofo
Nauseabundo odor do bafio
Humidade musgo e mofo
Memórias para sempre perdidas
Na voracidade do tempo que passa
Palavras ditas e não sentidas
Que importância tem esta devassa
E no seu caminhar para o infinito
Passadas contadas a mais de mil
Encontrou luz e dando o dito por não dito
Quedou-se preso para sempre no redil




(*) criadoramente titulado por Fatyly, do Uma Nova Cubata

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Comments:
Amigo, já o disse uma vez e volto a repetir: Tens alma de poema.

Não sejas modesto porque o que fazes é delicioso. Este texto é um belo exemplo disso mesmo. Obrigado pela partilha. Bjs
 
Título: Perdido no tempo!

Este bateu fundo e como dói ver esse sofrimento estampado no rosto de tanta gente! Nunca se sabe se um dia não serei eu..."no redil"!
 
Querida Sara

Eu fico sensibilizado com tuas palavras, mas é sentida a dúvida que tenho sobre a qualidade do que escrevo.

Beijinhos.
 
Querida Fatyly

Gosto do título que traduz o que penso e que soubeste bem interpretar.

Com a tua anuência vou alterar o título e pô-lo a acompanhar o poema em seu arquivo.

Beijinhos.
 
Foi o que senti meu amigo e obrigado eu e ainda bem que gostaste:)
 
Querida Fatyly

Gostei sim... daí ter tomado a liberdade de o utilizar.

Obrigado.

Beijinhos.
 
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