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domingo, novembro 22, 2009

foi pelo outono

Foi pelo Outono que comecei a arder
Nas tardes do teu corpo

[João Rui de Sousa, Obra Poética]


As folhas avermelharam com laivos de castanho e de doirado, caíram no chão formando um tapete fofo que pareceu cobrir todos os cantos do planeta. Os cheiros da terra húmida tornaram-se mais intensos, sentimos a acalmia do prometido tempo de recolhimento e meditação.

Mas pouco depois, sob o manto espesso da folhanga um fogo lento mas persistente despertou em mim sentimentos nunca antes navegantes do meu íntimo que anunciavam mudanças profundas próprias dos tempos de renascer.

Pouco a pouco o fogo foi ganhando ânimo e aflorou à superfície do manto de folhas caídas num crepitar intenso quão intensa é a vibração do teu corpo nos fim-de-tarde à beira-mar do nosso poema.

As tardes do teu corpo são sublimes no caminhar as pequenas elevações de terreno suave e doirado, nos profundos vales onde corre um cristalino riacho de prazer, na frondosa mata onde as abelhas colhem o néctar vital pata a felicidade.

O fogo do meu ser é prenhe do fertilizante de um recomeçar do eterno ciclo dos tempos e da vida ao compasso do esvoaçar de uma andorinha nas suas longas migrações sem origem e sem fim.

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Comments:
OLá colega
Passei novamente para te cumprimentar, já vejo que a paixão por aqui anda, que seria de esperar com tão forte inspiração por perto ditoso homem que a tem por companhia, linda por fora e por dentro, coração de ouro, preserva-a e ama-a
Beijos para os dois
Maria F.
 
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