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domingo, novembro 29, 2009

à saúde de s. saturnino

Quando falamos do vinho “Vinha de Saturno” e, em especial, quando o provamos a nossa reacção imediata é de que se trata de “um néctar divinal”. Deveríamos, contudo, ser mais precisos. Será porventura um “néctar telúrico”, talvez mesmo um “néctar místico”…

Conheçamos este vinho, topo de gama da Herdade do Monte da Cal, de produção restrita a cerca de 3.600 garrafas ano, algo como cerca de 2.800 litros, e que tem as características seguintes:
Castas: Trincadeira, Alicante Boushet, Aragonez e um pouco de Baga
Teor alcoólico: 14,5% do vol.
Estágio: em madeira de carvalho cerca de 6 meses

Mas, o porquê de “néctar telúrico”?
“A qualidade do vinho vem do campo, vem da terra onde as uvas são produzidas”, afirmação peremptória que reserva para o enólogo a arte de harmonizar os aromas e os sabores, numa carícia, verdadeiro acto de amor até chegarmos ao produto final.

E a razão de “néctar místico”?
As uvas de onde este vinho é obtido são produzidas na freguesia de São Saturnino (no nordeste alentejano), santo da devoção visigótica e de culto muito raro em Portugal. Produzido nas terras de Saturno, deus da mitologia romana, deus da agricultura e das colheitas. Saturno é o nome de sábado (“dies Saturni”) e foi também a um sábado que a Herdade do Monte da Cal foi inaugurada.




A garrafa deste néctar, de vidro mais grosso que o habitua o que lhe dá um volume e robustez superior, tem um interessante rótulo onde podemos ler:
“O Saturno é o sexto planeta do Sistema Solar e antes da invenção do telescópio era o mais distante dos planetas conhecidos. A olho nu não parecia ser luminoso. O primeiro a observar os seus anéis foi Galileu em 1610; porém a baixa resolução do seu telescópio fizeram-no pensar que se tratava de grandes luas.”


Hoje é dia de São Saturnino

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