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sexta-feira, fevereiro 19, 2010

dádivas

De tamanho reduzido
De poucos milímetros até
São raiadas em linhas
Arqueadas
Em diversas tonalidades
De castanho e ocre que convergem
Para o ponto de união
Das duas conchas
Que constituem o bivalve.

Mas são também
De madrepérola banhadas
Que fulgem
Ouro do astro rei
E lilás
De imemoriais eras
Tempos de ninfas e sereias
De encantarem pescadores
Cantos suaves
Melodia.

São em si mesmas
Obras de arte,
Com o traço único
Da Natureza,
Encerram em si mistério
E beleza
Num testemunho fantástico
Duma caminhada
De encantamento
Pelas doiradas areias,
Acompanhada do lado do Nascente

Por uma bela arriba
Que o passar do tempo
E o recuo definitivo
Do mar
Fossilizou
E do lado do Poente
Esse mar imenso,
Pintado em laivos
De azul
De verde,
De lilás
Prateado
No constante espraiar
Da ondulação.



nota: este poema foi comentário à postagem "a prenda que o mar me trouxe" em Perfume de Jacarandá, onde se inspirou

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Comments:
A acrescentar que este poema terá surgido ás 2horas da madrugada! talvez com um raio de luar entrando pela janela...talvez com o barulho do mar atordoando o poeta.
Que inspiração!
Bjs
 
E saiu um poema que só determinados seres o conseguem criar... seres com um dom, acrescido de muita sensibilidade.
Abracinho
 
Querida Lilá(s)

Um diagnóstico perfeito chamada loucura de poemar.

Beijinhos.
 
Querida Maria Teresa

As tuas palavras desvanecem um ser humano vulgar como eu sou... são a tua bondade e amizade.

Beijinhos.
 
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