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segunda-feira, junho 21, 2010

ergam-se os druidas

Quando os contadores de tempo marcam em Portugal...

11 horas e 28 minutos

Ergam-se e avancem os druidas de todo o Universo. Congreguem as forças do bem porque as gentes estão ansiosas de um mundo melhor. Ergam o ambiente esotérico de Stonehenge e entoem cânticos de festa de alegria de optimismo de felicidade. Enviem os corvídeos com as boas novas para todos os recantos onde exista um ser humano. Nos amplos campos da Bretanha apelem ao querer e ao saber. Um mundo novo é eminentemente necessário. Chegou a hora de avançar!
[apelo formulado no “santuário druida” de Stonehenge, primeiro Solstício de Verão do Terceiro Milénio]

Agora que um novo Verão começa, tempo quente, prenhe de energia cósmica o apelo é ainda mais necessário.

A civilização caminha para o caos levada pela determinação das forças da globalização financeira, da globalização da guerra, das forças mais retrógradas do capitalismo terrorista, numa ânsia tremenda de devorar quem defende o social, quem pugna por um mundo sem opressores nem oprimidos, por um mundo sem fome onde as impressionantes fortunas humilham milhões de seres humanos que vivem abaixo do limiar da subsistência.

Hoje é o dia da partilha no seu mais elevado expoente.

A partilha que é o mais elevado sentir do ser humano, caracterizada pelo dar e receber dos afectos e do saber, tem hoje no hemisfério Norte o reconhecimento astral, quando o sol parece deter sua marcha de um hemisfério ao outro. É o dia em que o Sol maior energia transmite aos seres humanos com mais horas visível no nosso hemisfério.

Vamos entrar numa época de grande vitalidade, passado que foi o tempo da germinação, altura de cuidar dos frutos aromáticos e dulcíssimos que vão trazer importantes fontes de vitaminas, especialmente necessárias às crianças e aos nossos companheiros mais idosos nesta viagem.

É tempo de afastar os obstáculos, ser positivo, cuidar do futuro. É tempo de dar refúgio aos refugiados e de dar abrigo aos sem-abrigo. Mais do que refúgio e abrigo materiais é tempo de partilhar afectos e quereres.

É assim a forma de viver o Solstício de Verão!

Está em causa o equilíbrio universal. Em consequência não estamos sós. Um Mundo de afectos é o caminho da Esperança.

O fogo esteve, desde tempos imemoriais, ligado às celebrações do Solstício de Verão pois as gentes acreditavam que o Sol não voltaria ao seu esplendor total depois desta data, a partir da qual os dias eram cada vez mais curtos. Por esta razão eram acesas grandes fogueiras e praticavam-se ritos de fogo, muitos deles de cariz extremamente erótico, para o ajudar a renovar energias.

Em tempos posteriores acendiam-se fogueiras no topo das montanhas, no percurso dos ribeiros, em metade da largura das estradas e caminhos, defronte das casas. Organizavam-se procissões com tochas e usavam-se “rodas de fogo”, descendo colinas e através dos campos. Ainda hoje se mantém essa tradição na noite de São João Baptista, de 23 para 24 de Junho de cada ano.

Um velho ritual pagão que festejava o Sol no mês de Junho foi apropriado pelo culto romano da deusa Vesta, patrona do Fogo e, posteriormente, pelo Cristianismo, que o atribuiu poderes a João Baptista, no Solstício de Verão, a 24 de Junho. Junho, deriva do latim Junius-Junior, que significa o mais novo, ou o que renova. Para o Cristianismo, João Baptista é o testemunho da Luz, do verbo incarnado, o que introduz o rito do baptismo, ou seja, da renovação. Vinte e três Papas adoptaram o seu nome e duas ordens renderam-lhe homenagem.

Nesta época do físico e do carnal, festeja-se o erotismo nos gestos e nos olhares, com sonoridades quentes de música ora dolente ora prenhe de vivacidade ao mesmo tempo que se queimam no caldeirão da fortuna flores vermelhas como as rosas “Príncipe Negro” e ervas solares, como a camomila, a lavanda e a verbena. Comem-se frutos frescos, as cerejas, as ameixas de S. João, os alperces de Palmela, e bebe-se vinho doce com sabores de moscatel.

Almada tem em São João Baptista o seu padroeiro do Povo. Do lado certo da vida Almada é terra de solstício.

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Comments:
Eu partilho contigo um afecto: a amizade, ainda que virtual.
Abracinho
 
Lindo texto Vicktor
já gosto de ler sobre esses sentimentos que as estaçoes trazem imbutido nas cores, no frio , nos frutos ,no calor .
E os afetos se derramando em palavras.
Obrigada
deixo abraços
 
Querida Maria Teresa

Obrigado. Eu retribuo com sinceridade.

Beijinhos.
 
Querida .Lis

Os afectos é o melhor de tudo na vida.

Beijinhos.
 
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