sexta-feira, julho 06, 2007
festas populares
Inicia-se hoje um novo ciclo na realização das Festas Populares de Charneca de Caparica, com a organização a cargo da Junta de Freguesia. Retoma-se, assim, a tradição do que eram as Festas Populares organizadas pela designada Comissão de Festas, que tal como acontece hoje com a Junta de Freguesia emergia da vontade da População.
Não diminui com isso a importância do envolvimento e participação das malhas associativa e cultural da Freguesia na realização, antes, lhes atribui maior e igualitária responsabilidade em termos de presença e enriquecimento das Festas Populares da Charneca de Caparica.
A data de realização destas festividades é bem sinónimo do seu cunho popular, pois nos tempos passados esta era a altura de folgar, passadas que foram as colheitas e com a época das sementeiras ainda por chegar.
Era então tempo dos mais jovens e, igualmente, dos menos jovens festejarem com bailações e muita música de concertina e outros instrumentos populares este tempo de folguedo e gastarem alguns mil réis na feira franca, especialmente em alfaias para a nova safra e alguns utensílios domésticos, e porque não?, num ou outro enfeite das vaidades femininas.
Também a localização destes festejos, com várias dezenas de anos de realização, não teve sempre lugar no espaço em que este ano se realizam.
Os mais velhos recordam e contam da realização das Festas Populares na Quinta de Monserrate, então propriedade do empresário teatral Vasco Morgado. Este senhor era muito ligado às artes cénicas, especialmente ao teatro musicado e de revista à portuguesa, sendo diversos anos mordomo das Festa. Trazia, então, até a esta, à época, aldeia rural da margem sul do Tejo, muitos forasteiros.
Quanto ao local da realização destas Festas Populares foi-se deslocando para Sul. Primeiro para a zona de Palhais e, mais tarde, para as imediações do Mário Casimiro, ainda a Rua 25 de Abril abria para a, então, Estrada Nacional 377.
Somente em tempos recentes assentou arraiais onde hoje se realiza, recordando muitos dos habitantes o seu encerramento com um vistoso fogo de artifício quando leis de protecção da Natureza e de prevenção de fogos florestais ainda não o impediam. E também as dificuldades financeiras que foram chegando.
É curioso, contudo, analisarmos o que aconteceu com a Charneca de Caparica que fez deslocar para Sul o terreiro da realização das Festas. Na verdade, de aldeia rural dos anos 40 e 50 do século passado, Charneca de Caparica transformou-se numa Vila com grande desenvolvimento urbano, mais intenso na direcção do Sul, fazendo deslocar nesse sentido o centro geográfico da terra.
Finalmente, uma referência à capa do programa das Festas Populares de Charneca de Caparica e ao seu simbolismo, sobre a qual, especialmente os mais jovens se interrogarão.
Não diminui com isso a importância do envolvimento e participação das malhas associativa e cultural da Freguesia na realização, antes, lhes atribui maior e igualitária responsabilidade em termos de presença e enriquecimento das Festas Populares da Charneca de Caparica.
A data de realização destas festividades é bem sinónimo do seu cunho popular, pois nos tempos passados esta era a altura de folgar, passadas que foram as colheitas e com a época das sementeiras ainda por chegar.
Era então tempo dos mais jovens e, igualmente, dos menos jovens festejarem com bailações e muita música de concertina e outros instrumentos populares este tempo de folguedo e gastarem alguns mil réis na feira franca, especialmente em alfaias para a nova safra e alguns utensílios domésticos, e porque não?, num ou outro enfeite das vaidades femininas.
Também a localização destes festejos, com várias dezenas de anos de realização, não teve sempre lugar no espaço em que este ano se realizam.
Os mais velhos recordam e contam da realização das Festas Populares na Quinta de Monserrate, então propriedade do empresário teatral Vasco Morgado. Este senhor era muito ligado às artes cénicas, especialmente ao teatro musicado e de revista à portuguesa, sendo diversos anos mordomo das Festa. Trazia, então, até a esta, à época, aldeia rural da margem sul do Tejo, muitos forasteiros.
Quanto ao local da realização destas Festas Populares foi-se deslocando para Sul. Primeiro para a zona de Palhais e, mais tarde, para as imediações do Mário Casimiro, ainda a Rua 25 de Abril abria para a, então, Estrada Nacional 377.
Somente em tempos recentes assentou arraiais onde hoje se realiza, recordando muitos dos habitantes o seu encerramento com um vistoso fogo de artifício quando leis de protecção da Natureza e de prevenção de fogos florestais ainda não o impediam. E também as dificuldades financeiras que foram chegando.
É curioso, contudo, analisarmos o que aconteceu com a Charneca de Caparica que fez deslocar para Sul o terreiro da realização das Festas. Na verdade, de aldeia rural dos anos 40 e 50 do século passado, Charneca de Caparica transformou-se numa Vila com grande desenvolvimento urbano, mais intenso na direcção do Sul, fazendo deslocar nesse sentido o centro geográfico da terra.
Finalmente, uma referência à capa do programa das Festas Populares de Charneca de Caparica e ao seu simbolismo, sobre a qual, especialmente os mais jovens se interrogarão.
O cabaz de cana, homenageia os cabazeiros de Charneca de Caparica, labor praticamente extinto, representativo do artesanato charnequense e que seria muito interessante recuperar. As pinhas, nos tempos idos de penúria económica representavam um acréscimo ao rendimento familiar quando apanhadas no Pinhal do Rei, nos dias em que tal era autorizado e vendidas para as famílias ricas de Almada e de Lisboa, para serem utilizadas nos fogões de cozinhar ou nas lareiras.
O estação elevatória de água do Cassapo, símbolo de modernidade da Freguesia e cuja entrada em funcionamento veio resolver definitivamente a falta de água a domicílio que sazonalmente se verificava na terra, especialmente em época de veraneio em que o caudal de água potável era desviado para uso dos veraneantes da Costa de Caparica.
O fogo de artifício, símbolo de “festa”, de “folguedos” da alegria que desejamos que todos sintam ao usufruir das Festas Populares de Charneca de Caparica.
Deixamos aqui uma saudação fraterna ao Olho de Lince, grande amigo da Oficina das Ideias, autor da capa do programa das Festas que acima publicamos.
As Festas Populares de Charneca de Caparica realizam-se de 6 a 15 de Julho de 2007
Etiquetas: eventos, minha terra
Comments:
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O OLho de lince soube transportar através de imagens,uma beleza ,que foi completada com os significados de cada objeto.
Esse resgate,ao passado é importante.
Que a festa e a vida dos habitAntes,seja sempre colorida e alegre como os fogos
Ligia
Esse resgate,ao passado é importante.
Que a festa e a vida dos habitAntes,seja sempre colorida e alegre como os fogos
Ligia
Querida Lígia
Cá continuamos na Oficina coms os projectos de registar gentes e costumes do passado da nossa terra.
Beijinhos.
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Cá continuamos na Oficina coms os projectos de registar gentes e costumes do passado da nossa terra.
Beijinhos.
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