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terça-feira, outubro 02, 2007

concertinas em barrenta

tradição e cultura popular
A tradição resulta da memória colectiva de um Povo, autêntico património invisível que se transmite entre gerações e representa o mais elevado expoente da cultura popular. Aqui se deseja dar conta desse repositório



Não era longa a viagem que nos propúnhamos fazer, pouco mais de uma centena de quilómetros, mas sabíamos que nesta breve transição iríamos deixar a agitação da grande cidade e seus arredores para sermos absorvidos pela magia dos grandes espaços naturais.

E como as boas companhias fazem as boas viagens lá seguimos rumo às terras da Serra d’Aire, mais concretamente à aldeia de Barrenta-Alvados, concelho de Porto de Mós, onde se iria realizar o 6ª Festival Nacional, o 2º Festival Internacional, de Tocadores de Concertina.


A organização desta iniciativa está a cargo do Centro Cultural da Barrenta, que pela mão do seu dinamizador Hermano Carreira, traz até esta aldeia nas faldas da Serra d’Aire mais de uma centena de executantes de concertina, instrumento musical de grande tradição em Portugal, especialmente na região do Minho.

Embora o tempo ameaçasse chuva desde manhã bem cedo muitas centenas de pessoas amantes do som das concertinas dirigiram-se à aldeia de Barrenta, cuja população fixa não chega a meia centena, para terem oportunidade de assistir a uma manifestação de cultura popular única.

Com o estômago aconchegado com uma saborosa sopa de pedra e uma bifana bem temperada lá fomos vendo e ouvindo, por aqui e por ali, ao virar de cada esquina, na protecção duma nogueira ou num recanto do largo da aldeia música “concertinada” de diversas regiões do País e mesmo de além-fronteiras.

As desgarradas minhotas, o “funáná” de Cabo Verde ou um fandango ribatejano são atracções para grupos de populares que se juntam à volta vibrando com a musicalidade das concertinas.

Saímos de Barrenta satisfeitos por termos podido participar neste acontecimento ímpar em que ficou bem patente o sentir de um património imaterial que se mantém e renova.

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Comments:
Victor,também estive por lá!!!curiosamente também saboreei a sopra de pedra da qual guardei no estomago até muito tarde a pedra...mas aquelas filhós...essas sim,quentinhas,fofinhas e saborosas...bjs
 
Querida Lila
Realmente encontrei-me com uma grande apreciadora de filhós, mas sempre me pareceu que deliciada estava a comer umas nozes recém vindas da nogueira...
Por acaso já ia uma dessas fofinhas... rsrsrs
As bonitas amizades fazem as excelentes viagens.
Beijinhos.
 
Queridos amigos sou filha aqui no Brasil de uma pessoa ou seja o meu Pai que nasceu ai na Barrenta, já veio para o Brasil faz 60 anos, mas não esquece de sua terra natal,
e de sua familia, e seus primos, me conta até hoje sobre suas cantorias , já naquela época. Gostariamos de encontrar pessoas de nossa familia. Meus avós se chamavam Manoel Luiz Carvalhana,que morou do Csal Duro e Emilia Inacia Carvalhana e minha avó, meu pai Silvestre Luiz morava em forno da Cal na Barrenta, se tiverem pessoas conhecidas,mandem recados para o email. laueroni@hotmail.com, aqui no Brasil, Beijos e abraços
 
Caro Laurici
Saiba eu de algum contacto e logo contactarei. Este ano espero voltar ao referido festival e irei investigar.
Uma saudação amiga.
 
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