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quinta-feira, outubro 11, 2007

tal como em 2003...

Já em 2003 a Oficina das Ideias escrevia assim... mantém-se a actualidade do escrito:


A “coisa” passou-se de forma tão sub-reptícia que nem eu próprio me apercebi do acontecido na altura. Os órgãos da comunicação social sempre tão atentos a movimentos suspeitos de gente suspeita nada registaram. Mas não há qualquer dúvida de que um funesto acontecimento tivera lugar.

Um número ainda hoje por determinar de perigosos ladrões evadiu-se de um estabelecimento prisional de alta segurança sem deixar rasto. Na calada da noite ou em plena luz do Sol, quem sabe?, puseram-se a monte acoitados por protecção do exterior.

Transformaram o seu visual e modificaram a forma de falar, que de gutural e bruta passou a ser suave e melodiosa. Ganharam maneiras e passaram a ser citados nas revistas cor-de-rosa. Aprenderam a linguagem do Povo e com este se misturaram nas praças e nos mercados.

Ganharam a confiança do Povo português e ganharam muito mais coisas. Mantiveram-se tranquilamente nos postos e posições onde foram sendo colocados e onde, eles próprios, se colocaram. Chamaram muitos amigos a ocuparem posições importantes e o tempo foi passando.

Um dia o Povo, absorto em tantos acontecimentos estranhos que se desenrolavam à sua volta, privatizações, desemprego, falências, pedofilia, apercebeu-se que haviam desaparecido dois ou três euros que tinha no fundo do bolso. Havia sido roubado.

Daí para a frente os euros do Povo desapareciam mal ele se distraía. Os ladrões andavam à solta de novo, bem vestidos e bem falantes, mas ladrões. Roubaram o emprego ao Povo. Roubaram a saúde ao Povo. Roubaram a escola ao Povo. Segurança quanto menos melhor para que os ladrões actuassem sem entraves. É fartar a vilanagem...

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