sábado, dezembro 29, 2007
"sei que partiste"
A vida sentida ao ritmo das ondas do mar tem um sabor diferente de qualquer outro, pelo conteúdo misterioso que envolve, pelas especiarias esquisitas que a condimento, pelo constante avançar e recuar cuja amplitude a Lua tanto influencia.
O velho marinheiro, cabelos brancos desgrenhados salgados pela maresia, passa horas a fio em cúmplice comunhão com o espraiar do mar na areia, ora parecendo um suave manto prateado, logo em rebentação forte pulverizando milhares de gotícolas.
Naquele dia o mar veio suavemente depositar-lhe aos pés uma garrafa mensageira...
“Caro Marinheiro
Sei que te foste, partiste, mas a vida de marinheiro é assim, não é? Um amor em cada porto, uma bebida em cada tasca, uma pintura em cada mural de cada cidade...
Por aqui ficará sempre a tua marca, dos teus pensamentos deixados ao vento num miradouro luminoso, pronto a receber os olhares e os amassos de quem por aqui passar, por aqui ficarei de olhos postos no Mar, não à tua espera, mas a recordar, a imaginar as novas aventuras, tu e o teu mar que tanto me assusta, que tanto me aflige.
Partir não é o fim, é a mudança, é mudar de rumo, é ver um mundo novo, foste tu quem já o disse...
Por aí, por esse mar, vais encontrar com certeza um sorriso enorme, assim como o teu, sorriso maduro de quem sabe que sorrir não é apenas um gesto simpático, é uma tradução de algo, uma tradução de um sentir!
Até já.”
A mensagem vinha datada de 4 de Janeiro do ano de 2007. Quanto mar já havia navegado para chegar ao destinatário? Duas gotas de água muito transparentes foram salgar ainda mais este mar tão azul.
O velho marinheiro, cabelos brancos desgrenhados salgados pela maresia, passa horas a fio em cúmplice comunhão com o espraiar do mar na areia, ora parecendo um suave manto prateado, logo em rebentação forte pulverizando milhares de gotícolas.
Naquele dia o mar veio suavemente depositar-lhe aos pés uma garrafa mensageira...
“Caro Marinheiro
Sei que te foste, partiste, mas a vida de marinheiro é assim, não é? Um amor em cada porto, uma bebida em cada tasca, uma pintura em cada mural de cada cidade...
Por aqui ficará sempre a tua marca, dos teus pensamentos deixados ao vento num miradouro luminoso, pronto a receber os olhares e os amassos de quem por aqui passar, por aqui ficarei de olhos postos no Mar, não à tua espera, mas a recordar, a imaginar as novas aventuras, tu e o teu mar que tanto me assusta, que tanto me aflige.
Partir não é o fim, é a mudança, é mudar de rumo, é ver um mundo novo, foste tu quem já o disse...
Por aí, por esse mar, vais encontrar com certeza um sorriso enorme, assim como o teu, sorriso maduro de quem sabe que sorrir não é apenas um gesto simpático, é uma tradução de algo, uma tradução de um sentir!
Até já.”
A mensagem vinha datada de 4 de Janeiro do ano de 2007. Quanto mar já havia navegado para chegar ao destinatário? Duas gotas de água muito transparentes foram salgar ainda mais este mar tão azul.
Etiquetas: contos da praia
Comments:
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Partir não é o fim...
Por isso deixo este ano renovando os votos de muitos sorrisos para o 2008.
Um beijo
Por isso deixo este ano renovando os votos de muitos sorrisos para o 2008.
Um beijo
Querida Sant'Ana
Tens toda a razão. A nossa vivência é um constante renovar de desafios, oportunidades e de sentires.
Beijinho.
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Tens toda a razão. A nossa vivência é um constante renovar de desafios, oportunidades e de sentires.
Beijinho.
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