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terça-feira, janeiro 29, 2008

fugiu ou foi-lhe dada fuga?

Pediu a demissão? Foi demitido pelo primeiro-ministro? Que relevância tem isso em relação a uma pessoa que desempenhando um cargo da maior importância para o desenvolvimento do País e para o bem-estar das populações, acumulou erros após erros, mantendo sempre uma postura de soberba e de distanciamento dos problemas?

Contestado pelas populações de norte a sul do País, em resultado de medidas altamente gravosas para a saúde e tranquilidade das pessoas, o ministro Correia de Campos, sempre desprezou tais protestos, tendo mesmo realizado actos persecutórios e chantagistas em relação a alguns autarcas por liderarem essas justas manifestações de desagrado.

Houve sempre uma palavra de apoio do primeiro-ministro, acusando a oposição de “partidarite”, especialmente, da influência do partido Comunista Português, ilibando Correia de Campos de qualquer erro, que não era mais, na sua opinião, o que de melhor poderia ser feito para as pessoas.

Conivência total entre os dois, não fosse Correia de Campos um simples executante de políticas destrutivas da malha social do País que sob a batuta do mandante Pinto de Sousa, mediaticamente conhecido por José Socrates, tem tido nefastos efeitos não somente no campo da saúde, como no ensino, na cultura e, com grande relevância, no trabalho.

Que sentido faz então: “demitiu-se” ou “foi demitido”? Se se demitiu, é o reconhecimento dos erros cometidos, da incapacidade de os corrigir e de fazer bem, da falta de competência política para ser governante. Se foi demitido, é a clarificação do embuste em que durante largos meses o primeiro-ministro manteve para com os portugueses ao defendê-lo.

Se se demitiu FUGIU. Se foi demitido foi-lhe DADA A FUGA.

Porque na realidade, dos erros cometidos ninguém vai ser responsabilizado e o Povo, uma vez mais, vai ser defraudado nos seus direitos. E o que está feito, mal feito, grave para as populações “é serviço adiantado” para quem pretende continuar a destruir a malha social do nosso País.

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Comments:
Correia de Campos disse que decidiu pedir a demissão depois das palavras proferidas por Cavaco Silva.

Mais ministro menos ministro, este é um governo a prazo, com um cenário grave que lhe espera em 2009.

E o povo, o que fará?
Depois de sentir (ou fez que sentiu) tanto disparate feito por este ministério em particular e pelo governo em geral?

Ninguém votou PS mas, pergunto, quem está com maioria absoluta no governo?
 
Eu Votei P.S. e tenho muito orgulho no partido a que milito. A maioria dos Portugueses é de memória curta e o nível de ileteracia ronda os 80%. A maior parte dos portugueses não conhecem quem foi o primeiro ministro de Portugal mais repudiado e que tem a maior estátua erguida em Portugal. Esqueceram-se dum Senhor chamado Sebastião José de Carvalho e Melo, Conde de Oeiras e finalmente Marquês de Pombal.1º ministro de El-Rei D. José 1º .Mandou matar os Távortas até à quinta geração. Perseguiu os jesuítas. Mandou arrancar todas as vinhas da região do Douro atacadas de filoxera. Restaurou toda a baixa pombalina após o terramoto de 1755 . Ao mandar construir a avenida da liberdade todos lhe chamaram maluco e, ele tranquilamente respondeu:- Ó liberdade liberdade um dia serás estreita!!! Criou a maior região demarcada de vinho. Por acaso querem mais? Ai! quanta saudade tenho do Gonçalvismo. Quem quer reformas sem sacrifícios? Por aqui me fico e, mais não digo.
 
Caro Observador
A cidadania deve ir muito para além do simples voto. Todos temos direito a, individual ou colectivamente, darmos a nossa opinião e protestarmos contra o que em nome do Povo o prejudica. E por muito que façam "orelhas moucas" a verdade é que a voz do Povo é determinente.
Um abraço.
 
caro João
Uma das grandes conquistas do Povo português com o 25 de Abril foi poder militar livremente na força política que julgue melhor servir o inttersse das populações e do País.
Conquistou, igualmente, a capacidade de decidir o caminho a seguir no desenvolvimento do País e a dizer bem alto a sua pessoal opinião.
Um abraço.
 
Meu caro Victor.
Senti na pele o antes do 25 de Abril. Só depois dessa data é que soube o significado do meu nº de bilhete de Identidade ser registado com um número azul. Eram 4 horas da madrugada de 25 de Abril, estava eu a ouvir a rádio RSA, num rádio de ondas ultra curtas, quando soube do sucedido. Veja que a essa hora a maior parte dos Portugueses estavam no segundo sono. Jamais preguei olho e juntei-me a um grupo de amigos emborcando uma garrafa de scotsh em poucos segundos. Hoje não me sinto frustrado de ter feito o que fiz. Antes pelo contrário. Infelizmente hoje a política anda de rastos, motivada pelos tachos dados a quem nunca na vida fêz qualquer coisa, a não ser política de café. Vejamos os imberbes que poluem a Assembleia da República e o Parlamento Europeu. Receba um grande abraço do amigo ao dispôr e que aceita de bom gosto todos os reparos. João
 
Este comentário foi removido pelo autor.
 
Amigo João
Somos praticamente da mesma idade, donde temos experiências de vida bem semelhantes. Compreendo perfeitamente o seu sentir que é, igualmente, o meu.
O sonho ainda se mantém, há que continuar a lutar pela sua concretização.
Um abraço.
 
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