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quarta-feira, maio 28, 2008

de bico amarelo em valle do rosal

Manhã cedo, ao “raiar da aurora”, chegou em voo redondo pousando no galho mais alto da parreira que no quintal vizinho cria a expectativa de se cobrir de fruto lá mais para o mês de Agosto. Voltado para nascente, bico amarelo em corpo de negro azeviche coberto, lançou o primeiro som matinal.

“Tchac, tchac, tchac”

Este não é o seu cantar mavioso que nos irá encantar durante todo o dia. Este é o som de despertar, a comunicação a toda a sua comunidade de que o dia tem o seu início. É a vitalidade da Natureza em toda a sua pujança.

“Tchac, tchac, tchac”

Este som vai ser ouvido ali perto no pinheiral que o cimento armado ainda não conseguiu destruir, mas também a muitos quilómetros de distância, em toda a planura que se prolonga até às faldas da Serra da Arrábida.

O dia de hoje, tal como tem acontecido nas últimas jornadas, vai ser tempo de forte azáfama. A construção dos ninhos está no seu auge. A forma dissimulada como se aproximam dos locais de nidificação é arte de iludir os predadores, mas o trabalho não pára durante todo o dia.

Vai encantar-nos com a sua vocalização que vai desde o encantamento dos gorjeios aflautados, em tempo de alegria e de construção, até ai áspero chilro de alarme quando dos ninhos se aproxima algum predador.

Foi o primeiro a despertar em Valle do Rosal, sei bem que irá ser o último a recolher ao silêncio no final do dia.

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Comments:
Lá no meu canto, na beira-serra, os melros também chegam para noivar. São madrugadores como eu e e ao fim do dia é vê-los debicar na relva as sementes que hão-de alimentar os seus filhotes.

Beijinhos
 
Querida Sophiamar
E tão bem que eles cantam, quando namoram e quando se aproximam do ninho... O seu piar mais profundo é quando transmitem um alerta.
Beijinhos.
 
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