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sexta-feira, julho 18, 2008

o colapso

O sistema de informação global, um dos mais importantes apoios do liberalismo económico para perseguir os objectivos da acumulação desenfreada de capital aos serviço das grandes potências mundiais, encontra-se ele, tal como o sistema que apoia, no caminho do colapso o que provoca a maior desorientação e desespero.

Para justificar o que já se torna injustificável e, especialmente, insuportável por largos milhões de seres humanos em todo o Mundo, as notícias base da propaganda surgem de tal forma em catadupa que elas próprias se contradizem com diferenças curtas de singelos minutos.

A meio desta semana (13 a 19 de Julho de 2008) dois canais de televisão diferentes davam notícias sobre o aumento do preço do petróleo bruto, no mínimo, contraditórias. Enquanto que um canal anunciava que os preços, quer nos mercados de Nova Iorque, quer de Londres, atingiam uma vez mais números recorde, um outro canal anunciava o abaixamento desses mesmos preços. Subjacentes as estas notícias estava, por um lado, a importância de passar a informação do aumento de confiança nos Estados Unidos e, por outro, o interesse em propagandear que os países do Médio Oriente e a própria OPEP se negavam a aumentar a produção de crude na região.

Sintoma desse mesmo desespero que as forças da globalização financeira atravessam, incapazes de estancar a crise, especialmente social, que eles próprios provocaram, com riscos de uma insubordinação planetária fruto de verdadeiras situações de fome generalizada, é a pressão cada vez mais forte que o Fundo Monetário Internacional está a fazer sobre os governos que dele estão reféns.

Avisado andou o governo brasileiro quando decidiu liquidar toda a dívida que tinha para com o FMI e bater a porta a esses autênticos abutres do sistema capitalista.

Duas recomendações do FMI vieram esta semana a público, e quando referimos recomendações dever-se-á ler IMPOSIÇÕES, a que o governo português não vai ter capacidade de reagir e deveremos estar atentos a futuros desenvolvimentos a breve prazo.

Em primeiro lugar e atendendo a que as previsões de inflação média para 2009/2010, segundo o FMI situar-se-ão em cerca de 2% será esse o aumento de vencimentos recomendável para as próximas negociações entre os sindicatos e os patrões (Estado incluído).

Segunda recomendação de que os governos deverão estudar a hipótese de as contribuições do patronato para a Segurança Social serem reduzidas ou mesmo anuladas por forma a incentivar a criação de novos postos de trabalho.

São evidentes os objectivos reais pretendidos de subjugar cada vez mais a força do trabalho, muitos analistas já falam em real escravatura, e proporcionar a continuação da acumulação de capital “espremendo” até ao limite os rendimentos dos trabalhadores.

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